02/01/2017 - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR
Há dez anos aqui se mostrou a metodologia do Índice de Confiança
do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde
setembro de 2005. A pesquisa se chama de Sondagem de Expectativas do
Consumidor, cujo indicador se subdivide em dois indicadores, o Índice da
Situação Atual e o Índice das Expectativas. Naquele momento de 2007, o ICC
tinha pouco mais de um ano, a conjuntura era de alta e de otimismo para os anos
vindouros. Embora os questionamentos fossem para o agora e daqui a seis meses. A
pesquisa começou com cerca de 2.000 domicílios, em sete capitais. A sua
variação foi estimada entre zero a 200. Acima de 100 o resultado é positivo.
Abaixo de 100 o resultado não é bom.
O modelo econômico de Lula, desde 2003, foi o mesmo de FHC
(1995-2002), baseado no tripé de meta de inflação, superávit fiscal e câmbio
flutuante. Ademais, a situação externa era muito favorável com o boom das
commodities. Devido à grande capacidade ociosa, ausência de crédito barato e
estímulos à compra da casa própria, a gestão de Lula dinamizou o consumo das
famílias, mediante estímulos à demanda agregada, ao Programa Bolsa Família e a
continuidade da elevação real do salário mínimo. Tal modelo chegou ao fim na
era Dilma, quando as contas se deterioram.
Muito se colocou aqui sobre o desastre da gestão Dilma.
Somente em 2022 se recuperará o poder de compra de 2013. Sua gestão implicou
para o povo mais uma década perdida. O fracasso petista se vê nas últimas
eleições. O partido ficou pequeno.
Veja-se o ICC de novembro de 2016. Caiu para 73,3 pontos.
Este é o menor patamar desde junho deste ano. Já o indicador de Situação Atual
atingiu 64,1 pontos, o menor já registrado na série da FGV. Já o Índice de
Expectativas, que mede confiança em relação ao futuro, recuou para 80,8. Enfim,
o ICC poderá fechar, segundo estimativas da FGV, com queda de 5,8%. Na última
avaliação do consumidor sobre a situação financeira da família da FGV, usando
uma variante do ICC, o indicador sobre as finanças familiares caiu 4,9 pontos,
atingindo 57,5 pontos, o menor valor desde julho (57,2). Entre os itens que
integram o ICC, o que mais contribuiu para a queda foi o que mede o otimismo em
relação à situação financeira das famílias, que caiu 7,7 pontos.
Assim, ingressou o País em 2017 com ainda a confiança dos
consumidores em baixa. O baixo astral continua. O cenário político é de grande
preocupação com as 77 delações de dirigentes da Odebrecht na Operação Lava
Jato. Este pressiona investidores e consumidores para continuarem com maus
presságios.
Comentários
Postar um comentário