03/01/2017 - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL




O tema é assunto da coluna, desde o do trabalho feito em 1974, pelo autor, há mais de 42 anos, com o título de Distribuição de Renda no Brasil, em Fortaleza – Ceará, no curso IV de Desenvolvimento Econômico e Administração do Banco do Nordeste do Brasil (IV DECAD). Em 03-01-2007, foi revisitado. O assunto enfoca como a sociedade capitalista é desigual, sendo mais desigual, em regiões mais pobres. Tal como o sueco Gunnar Myrdal colocou em seu livro “Desenvolvimento econômico e regiões subdesenvolvidas” (1967), de que existe um círculo vicioso de pobreza. Os ricos crescem a taxas mais rápidas do que os pobres, quando o desejável seria o contrário. Quando estes crescem também crescem mais rápido. O problema é crescer. Atualmente, há sociedades que se afundam na pobreza e na miséria, mediante regimes autoritários, tanto na África Subsaariana como na América Latina.

O assunto é muito vasto. O relatório da Distribuição Pessoal da Renda e da Riqueza da População Brasileira, principalmente usando dados do IRPF 2015/2014, de maio de 2016, usando também o PNAD e o POF do IBGE, demonstra que o Brasil continua sendo um dos países de maiores concentrações de renda do mundo. Encontra-se em décimo, entre mais de 200 países. O consagrado índice de Gini (G), que mede a concentração de renda revela que o país de melhor distribuição, a Noruega, G =0,26. O Brasil, G = 0,49. África do Sul, G = 0,63, dados de 2014. Depois do Plano Real, de 1994, o índice de Gini veio caindo de 0,61, no ano 2000, para 0,49, em 2014, devido ao aumento real do salário mínimo e aos programas sociais tipo Bolsa Família. Porém, em 2014, estagnou. Em 2015 e 2016 sofre forte recessão. Provavelmente, o Gini voltou para a faixa de 0,5.

Estudo elaborado pela Tendência Consultoria Integrada, com base nos dados do Imposto de Renda de 2015/2014, observou 2,5 milhões de famílias da classe A são responsáveis por 37,4% da renda nacional. Examinando o PNAD de 2015, a classe A correspondia a 2% da população, auferindo acima de R$14.695,00; a classe B a 12,6%, na faixa de R$4.720,00 a R$14.695,00; a classe C a 31,9%, na faixa de R$1.957,00 a R$4.720,00; as classes D e E a 53,5% da população, percebendo até R$1.957,00 mensais.

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