26/01/2017 - DÍVIDA PÚBLICA ELEVOU-SE 12%




Há dez anos acontecia o Fórum Econômico Mundial, cujo artigo se intitulava “Comentários no Fórum de Davos”. O ex-presidente Lula esteve presente, captando recursos. O PAC era objeto de exame e a revista The Economist dizia que ele era tímido. Por sua vez, o presidente do maior grupo bancário de então, o Citigroup, William Rhodes, elogiava o presidente do BC de Lula, Henrique Meirelles, que ficou todos os oito anos de Lula no poder, atual Ministro da Fazenda de Michel Temer. Neste ano, ele também esteve lá, buscando atrair recursos.

A dívida pública existe no Brasil desde 1822, quando o império brasileiro assumiu a dívida de Portugal com a Inglaterra, principalmente por conta das guerras napoleônicas. Ademais, as guerras de independência contra Portugal gerou também dívida, que foi acrescentado ao estoque. Assim, existência da dívida pública é um dos maiores problemas da gestão nacional, dado que ela tem sido rolada e consome cerca de 50% do orçamento público. Dá, então para entender que a carga tributária de 36%, que poderia ser bem menor, mas não pode porque se tem que pagar pelo menos os encargos dela, que, no caso atual, desde 2014, até 2018 (previsão), perante déficits primários sucessivos, quando deveria haver superávit para pagar parte dos juros da dívida. Outro problemão são os juros elevados. No caso de 2016, eram de 14,25% anuais. Não sem motivo, já que parte da dívida é atrelada à SELIC, a dívida pública no ano passado se elevou em 12%, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional.

No ano passado ela se encerrou em R$3,122 bilhões. Por suposto, considerado 205 milhões de brasileiros, a cada um corresponderia uma dívida de R$15.230,00. Tal como o Brasil já nasceu devendo, embora a responsabilidade fique com o governo, que sempre a mascarou e, pela falta de educação, o brasileiro nem sabe quer ela é a causa do governo sempre alegar que não tem dinheiro. Claro, há também desvios de recursos por propinas, como evidenciou ontem a ONG Transparência Internacional, considerando o País em 79º lugar em corrupção, no exame de 176 países. Embora elogiando a operação Lava Jato, a entidade colocou o País ainda três posições abaixo do 76º lugar de 2015. O Brasil empatou com China, Índia e Bielorrússia. Nova Zelândia e Dinamarca lideram com 90 pontos. Em último, a Somália com 10 pontos.

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