28/07/2016 - PESQUISAS AINDA MOSTRAM INSTABILIDADE




As pesquisas ainda mostram instabilidade. A instabilidade tem gerado desconfiança. Os empresários não investem como deveriam. A economia cai, como agora, em profunda recessão, em busca de uma âncora e esta está na segurança política. Portanto, somente depois de resolvida a questão do impeachment haverá a recuperação, visto que os anteprojetos de reformas serão encaminhados, votados e a maioria deles aprovada.  Leonardo da Vinci (1452-1519) afirmou que “a pesquisa nunca nos engana”. Claro, de acordo com temperatura e pressão normais. No caso da pesquisa do Instituto Datafolha, publicada dia 17 deste, na Folha, quando 62% afirmaram que prefeririam que o Brasil tivesse novas eleições, a Folha não considerou relevante tal dado, apresentando que 50% preferem que Michel Temer continue e 32% que Dilma retorne. Na coluna de no jornal O globo di dia 25, passado, um dos seus mais frequentes articulistas se referiu à pesquisa do Instituto Paraná, também com mais de 2.000 consultados, cujo título “Nem Temer, nem Dilma”, 62% prefeririam nova eleição. A propósito, editorial da Folha de mais de dois meses atrás tinha o mesmo título do artigo do colunista de o Globo. O Instituto Paraná cravou 62,4% de entrevistados, declarando favoráveis a novas eleições. O Instituto Paraná também concluiu que, para 47,7% dos pesquisados, o ex-presidente Lula deveria ser preso pelo juiz Sérgio Moro, 34,1% preferem que Lula se aposente da política e 15,2% querem que ele volte. Ontem, divulgada pesquisa do Instituto Ipsos, realizada entre 01 a 12 de julho, informa que a permanência do presidente interino, Michel Temer, até o final do mandato em 2018, é vista por 16% como a melhor alternativa para o País. A maioria de 52% prefere que haja eleições diretas, em pleito de outubro vindouro. Há um descontentamento generalizado com a classe política. Novas eleições trazem a percepção de que novos nomes podem surgir como alternativa. A Datafolha, em recente pesquisa, revelou que o ex-presidente Lula teria a maior votação entre os principais candidatos citados, Aécio Neves, Marina Silva e Jair Bolsonaro. Mas, no segundo turno perderia para Aécio Neves ou Marina Silva, em duas simulações. Jair Bolsonaro ficou com apenas 8% das preferências dos entrevistados. Assim, os candidatos são “mais do mesmo”. Além do mais, para que haja eleição em outubro é preciso emenda constitucional, aprovada por dois terços dos congressistas. Pesquisas iniciais no Congresso, “in of” não apontam nessa direção. Tal quadro de instabilidade faz com que os investidores ainda estejam recuados, assim como o capital internacional não devolveu ainda o selo de qualidade para investimentos no Brasil, que perdeu o grau de investimento das gigantes agências de risco mundiais, Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch, que são avalistas de grandes investidores internacionais.

Enquanto isto, o governo interino continua “comendo pelas beiradas”, tomando poucas ações proativas, acenando com várias delas, para depois da votação do impeachment. A última de ontem é de que o governo quer retomar duas mil obras de pequeno porte nos municípios, abandonadas, praticamente, pela União, que custaria relativamente pouco, R$2 bilhões, mas de grande efeito radiativo.

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