09/07/2016 - EDUCAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO
É consenso internacional de que a
educação é a principal mola para o desenvolvimento. Nesta semana, o Fórum
Econômico Mundial publicou estudo sobre educação, órgão com sede em Genebra, na
Suíça, estabelecido há pelo menos cinco anos, mas nascido da ideia de ser
permanente, isto é, como têm funcionado durante o ano todo, oriundo dos
encontros semanais dos finais de janeiro, desde 1979, em Davos, dos grandes
capitalistas, intelectuais, governos, estatais e organizações não
governamentais, para diagnosticar aspectos de progresso das nações. Durante todo
ano que corre, ele publica a situação dos países, quanto à educação, demografia
e economia, dentre outras relevâncias de estudos mundiais.
O planejamento educacional brasileiro
tem evoluído lentamente, haja vista o recente exemplo do mais novo plano,
criado em lei de 2014, como Plano Nacional da Educação, definindo 20 metas
anuais, das quais nenhuma sequer fora cumprida em 2015. A esse respeito, o
Fórum referido, em seu relatório divulgado, relativo à educação básica,
apresenta a classificação brasileira em 83º lugar, no rol escolhido de 130
países. Afirmando que, de 2014 para 2015, o Brasil perdeu cinco posições. O
ranking está conforme seu Índice de Capital Humano, que reúne quatro pilares:
(1) educação; (2) saúde; (3) bem estar, emprego, força de trabalho; (4)
ambiente de oportunidades dividido por faixa etária. A lista examina se houve
êxito em todo o globo de preparar a população para adquirir capacidades,
competências, conhecimentos e atributos de qualidade, para produzir valor
econômico no país. O que tem acontecido no Brasil, segundo citado relatório, é
a baixa qualidade do ensino. Ele identifica que os brasileiros tem tido
desempenho abaixo daqueles outros países da América Latina e Caribe. Por outro
lado, o Fórum revela que um aluno da educação básica brasileira custa seis
vezes menos do que um aluno da educação superior. Justamente, no ensino básico
é no que se fornecem os instrumentos básicos para o ensino médio e ensino
superior.
O calcanhar de Aquiles se deve ao
baixo desempenho em matemática e ciências, fato corroborado pela Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que realiza o teste
internacional PISA, aplicado em jovens de 15 anos, aqui muitas vezes comentado,
do mau desempenho brasileiro. Não se precisa ir longe não, os dados do próprio
Ministério da Educação mostram notas de desempenho, nos diferentes níveis de
ensino, condensados em média do básico, médio e superior, que vem obtendo notas
abaixo de cinco, embora acima de quatro, à exceção do ensino médio, que é de
3,7, bem como o do Fundamental I é de 5, mas quando se reúne ao Fundamental 2,
ficam com média abaixo de 5.
Agora, a bomba. No ranking geral
de ensino, ora divulgado, a colocação geral brasileira é de 133º lugar, dentre
139 países pesquisados, justamente em matemática e ciências. Claro, o maior
viés está nos deficientes graus de ensino básico, desaguando no fraquíssimo
ensino médio em geral. A exceção são as escolas técnicas federais, tidas como
de nível muito bom. Não sem outro motivo, o senador Christovam Buarque defende
o anteprojeto de federalização do ensino público em geral. Como anteprojeto
deverá ser debatido no Congresso Nacional. Parece que se encontra, como milhares
de outros, que estão engavetados.
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