17/07/2016 - PRODUTIVIDADE INDUSTRIAL NEGATIVA
A produtividade da economia como um todo é dada pelo
crescimento do PIB. Depois de muitos anos, o PIB ficou estagnado em 2014, em
0,1%. Recuou 3,8% em 2015 e está prevista uma retração de 3,3% neste ano, conforme
pesquisa semanal do Banco Central, ao auscultar 120 analistas financeiros. A
indústria é o setor que mais caiu e perdeu participação no PIB, de um máximo de
25% que chegou em 1985, hoje sesta em 10% do PIB. Em contrapartida o setor
agropecuário ganhou posição sendo hoje cerca de 33% do PIB. Ou seja, 10% da
pequena produção e 23% da grande produção. Assim, o setor agropecuário é o
único em que cresce a produtividade.
Segundo estudo feito pelo Conference Board, examinado por
Fernando Veloso, da Fundação Getúlio Vargas, até os anos de 1980 o Brasil
conseguia melhorar a produtividade industrial, em relação aos seus concorrentes
e diminuir a distância para o setor nos Estados Unidos, considerado país
industrial mais avançado. Mas, de lá para cá, criou-se um abismo na
produtividade entre os dois países. Enquanto nos Estados Unidos conseguem
fabricar uma peça de um produto com um trabalhador, a mesma peça exige quatro
pessoas no Brasil. É a pior relação desde os anos de 1950. No fim do ano
passado, um trabalhador brasileiro era capaz de produzir US$29,583.00 e um
americano US$118,826.00, consoante cálculo do Conference Board. Por sua vez, a
diretora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Fernanda De Negri, entre
as décadas de 1930 a 1970 houve um processo de industrialização, via
substituição de importações, que levou parte dos trabalhadores rurais para as
fábricas.
Para reverter o quadro atual, a palavra mágica é a educação.
Mas, ela continua sendo um mito. O País nem consegue cumprir as metas do Plano
Nacional da Educação. Sem dúvida, a área continua aguardando que se faça a
reforma educacional ansiada.
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