20/07/2016 - MEDO DO DESEMPREGO




A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com o IBOPE, calcula o Índice de Medo de Desemprego (IMD) há bastante tempo. No primeiro semestre de 2016, ele bateu seu recorde histórico ao chegar a 108,5 pontos. O recorde anterior ocorreu em meados de 1999, aos 107,3 pontos. A média histórica do indicador é de 89 pontos. O menor número foi atingido em meados de 2012, aos 69 pontos.  Em julho de 1999, o governo vivia uma crise cambial, mediante expressiva desvalorização do real. A pesquisa atual ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, entre os dias 24 a 27 de junho. O estudo mediu também o Índice de Satisfação de Vida (ISV) dos brasileiros. No particular, houve melhora em junho, em relação ao penúltimo levantamento de março. A pontuação desse quesito passou 92,3 para 93,1 pontos. Não obstante houvesse alta, esse indicador foi o segundo pior da sua série.

O temor com desemprego é maior entre os homens, revelado em 110,7 pontos, enquanto o receio das mulheres é de 106,6. Por grau de instrução, o receio de ficar desempregado está mais com aqueles que têm nível superior, através da pontuação 113,4. Em seguida, pela ordem, estão os entrevistados de nível médio com IMD de 110,3. Até o 4º ano do ensino fundamental, IMD de 108,1. Até o 8º ano, o IMD de 107,0. O Nordeste é a única região do Brasil onde o IMD se situou abaixo da média nacional da última pesquisa de 108,5, quando o IMD nordestino foi de 104,2. Nas demais regiões, os números ficaram acima da média brasileira. O IMD do Sul foi de 112,3 pontos. O IMD do Sudeste alcançou 109,8. No Norte e Centro Oeste empataram em 109,3 pontos.

Já o ISV revela que as mulheres estão mais satisfeitas do que os homens na vida em que levam. Mulheres com 93,3; homens com 92,8 pontos. O indicador também é maior entre os entrevistados que possuem ensino superior, 96,7. No ensino fundamental até o 8º ano, o número é 92,6. No ensino médio é de 92,4. No fundamental até o 4º ano é de 90,5.

Provavelmente, este número poderá ainda piorar, não obstante os indicadores nacionais estão levemente melhorando. Há um retardo ou um avanço entre estes, para cima e para baixo da curva.

Por seu turno, depois de quatro anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a melhorar a perspectiva do Brasil. No último relatório trimestral ele projetava – 3,8% do PIB. No divulgado ontem, de – 3,3% do PIB. Além do mais, projetou crescimento de 0,5% para 2017. Na história, o FMI vem sempre com estatísticas atrasadas em relação aos dados oficiais ou oficializados. Por exemplo, o mercado financeiro, auscultado pelo Banco Central, já prevê recessão ligeiramente menor, de – 3,25% do PIB e, um crescimento bem maior para o PIB de 2017, de 1,1%.  A situação ainda está tão feia, que o governo interino reuniu a equipe econômica para festejar o novo evento do FMI, que ainda demonstra preocupações se haverá retomada agora, conforme seu relatório.

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