05/07/2016 - ÍNDICE DE CAPITAL HUMANO




A teoria do Capital Humano fez escola, a partir dos anos de 1970, cujo um dos maiores defensores foi Gary Becker, posterior ganhador de Prêmio Nobel de Economia, conforme seu livro Human Capital. O princípio é de que o cidadão se educa se faz um investimento na sua qualificação. Forma-se então em um capital humano. Dessa maneira, logicamente, são os países ricos tem maior acumulação desse tipo de capital. Há um consenso mundial de que, quanto mais anos de estudo tem a sua população, maior é o nível de progresso que adquire.

O Fórum Econômico Mundial divulga anualmente a classificação de países, através do Índice do Capital Humano. O Brasil figurou em 83º posto no total de 130, examinados em 2015. Os estudantes da educação primária são os piores classificados. A figuração deles é em 118º. O País continua não priorizando a educação. Existe o Plano Nacional de Educação, aprovado por lei, em 2014, que fixou 20 metas anuais. O Brasil não atingiu nenhuma meta em 2015. Nem 5% dos colégios tem a infraestrutura exigida por lei. Metade das escolas públicas está desconectada das redes sociais. Lousa digital é a raridade da raridade.

Em 2011, a presidente Dilma criou o Programa Ciências sem Fronteira, visando levar 101 mil estudantes para as universidades mundiais. As maiores distorções foram as de que a maioria dos estudantes não estava preparada para um bom curso lá fora. Somente 4% deles tiveram acesso as 25 maiores universidades do globo. Além do mais não se exigiu proficiência em língua estrangeira e muitos se concentraram em estudos em Portugal e Espanha ou encarando o Programa como um cursinho de inglês. O orçamento de 2015 foi de R$3,5 bilhões. Agora o governo está procurando fazer um pente fino no Programa, colocando limites para o número de alunos em graduação; privilegiando a pós-graduação; exigindo proficiência em inglês; concentrando bolsistas em instituições de ponta internacionais.  

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