08/07/2016 - EM COMPASSO DE ESPERA



Em compasso de espera se encontra a sociedade brasileira, para ver surgirem  novas medidas de política econômica, visando alterar o grave quadro de desequilíbrio das finanças publicas, desde o dia 11 de maio, quando assumiu um presidente interino, Michel Temer, em substituição à presidente Dilma, mas Temer assumiu com duas limitações: prazo máximo de 180 dias ou votação definitiva do impeachment da presidente, previsto a partir de 22 de agosto (1º limite) ou a solução para a Câmara funcionar, fato que está impedida desde o dia 5 de maio, quando o STF afastou Eduardo Cunha da presidência daquela Casa,  ficando em seu lugar o inoperante Waldir Maranhão. Ontem, Eduardo Cunha renunciou (2º limite). Assim, haverá eleição para novo presidente da Câmara e se espera que as propostas de política econômica, o quanto antes, para iniciar-se a recuperação econômica. Entretanto, o quadro somente ficará mais claro a parir do afastamento definitivamente provável da presidente Dilma. Daqui a três dias o governo interino completa dois meses. A cada dia se vê envolvido com surpresas, visto que a contabilidade nacional não se aproximava da verdade. Há também a questão política do Brasil ter a um só tempo uma presidente eleita, afastada, assim como um presidente interino que não sabe, com certeza, se ficará. Parece que no mundo só há mais um país com dois presidentes, a Itália, que tem o constitucional e o do Vaticano. Mesmo assim, o Vaticano é um Estado dentro de outro Estado.

A última notícia de surpresa, para variar, é de ontem. O governo interino definiu uma meta fiscal deficitária para 2017 de R$243 bilhões, sendo relativos para a União R$139 bilhões, R$3 bilhões das estatais e R$1 bilhão dos Estados. O governo terá até 30 de agosto para enviar o anteprojeto da lei do orçamento de 2017. Está fazendo antes, visto que é o mesmo raciocínio já esboçado aqui, de que ele que mostrar números bem ruins para afastar de vez a possibilidade de retorno da presidente Dilma. A presunção que aqui se faz é de que, afastada a presidente, eles vão mudar de ideia e mostrar números melhores. Para este ano, seria um déficit menor do que o aprovado de R$170,5 bilhões e, superávit primário para 2017, também, na presunção de que tomaram as medidas acertadas e em busca da popularidade, para ter candidato favorável às reeleições de 2018. Nesse jogo, a população ainda não viu melhoras. Somente há sinais de que haverá a retomada do crescimento. O fato é que a questão política presidencial deverá ser resolvida em agosto. A situação política do Congresso será resolvida provavelmente na próxima semana. Todos esperam que a economia volte a deslanchar.

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