03/07/2016 - GOVERNO INTERINO AINDA NÃO É APROVADO
O presidente interino, Michel
Temer, vice-presidente, em exercício, embora eleito com 54 milhões de votos na
chapa com a presidente Dilma, cujo oponente foi Aécio Neves com 51 milhões de votos,
mais de 5% de frente, Temer, sem dúvida carreou milhões de votos para Dilma,
mas ela teve muito mais milhões do que ele, na dobradinha. Ela afastada; ele,
interino. Ela protestando; ele com receios de deslanchar. Ela não tem mais
condições de retorno; ele está se segurando. Ela tinha 10% de bom e ótimo na
última enquete; ele, agora na sua primeira pesquisa tem 13% na faixa referida. A
parcela dos entrevistados desta avalia a atual gestão como ruim ou péssima em
39%. Já os que consideram o governo regular são 36%. Outros 13% não souberam ou
não quiserem responder. Somando os 13% de bom ou ótimo com os 36% de regular,
Michel Temer completa 49%. Não é ainda aprovado pelo menos pela maioria. Este
resultado se encontra na pesquisa realizada pelo IBOPE, patrocinada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Indústria esta que vem caindo na era
do PT para hoje cerca de 10% do PIB. Já chegou a 25% do PIB em 1985. Depois de
dois meses consecutivos de crescimento (1,4% em março e 0,2% em abril), a
produção industrial brasileira fechou o mês de maio em zero de incremento. A
produção industrial em cinco meses apresenta – 9,8% do produto industrial,
segundo a CNI. Por seu turno, dados do IBGE, indicam a 27ª queda consecutiva. O
IBGE tem os dados mais amplos, asseverando que a indústria brasileira encolhe
ano a ano, perdendo posição para a agropecuária e serviços. Não há dados ainda
para confirmar a reversão de expectativas. Cerca de 50 dias ainda virão para
que o presidente interino faça o seu deslanche ou que a presidente Dilma volte.
Esta, remota hipótese.
Correndo em paralelo estão as
denúncias de corrupção que não param e vão demorar ainda bastante. Lava Jato,
Zelotes, BNDES (que ainda não começou), setor elétrico. As 29 empreiteiras
estão se restringindo, em repercussão enorme de queda do PIB. Os julgamentos
são lentos na primeira instância, de Curitiba, bem como ainda não começaram no
Supremo Tribunal Federal. A recessão está em taxa decrescente, mas o desemprego
em taxa crescente.
As confianças dos consumidores e
dos empresários melhoram lentamente, conforme indicadores da FGV e de entidades
empresarias. Contudo, eles esperam as reformas econômicas prometidas por Temer,
mas que não ousou ainda enviá-las por ser até agora provisório. O sentimento
latente é de que o País voltará a crescer a partir de agora. Infelizmente, é
que, se crescer, crescerá lentamente. Há ainda prometido pela equipe econômica
déficit primário de R$100 bilhões em 2017, o que não é boa notícia e, com tal
resultado previsto, continuam a piorar os indicadores da contabilidade
nacional.
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