01/07/2016 - SINAIS POSITIVOS PARA O SEGUNDO SEMESTRE




Cresce a confiança econômica na recuperação do País. Uma prova evidente é a valorização do real em seis meses. Aproxima-se de 20%. Se fosse só pela recuperação a valorização seria demasiada. Porém fatores externos contribuíram muito para a referida queda. A saída do Reino Unido da União Europeia tem levado à desvalorização do dólar, do euro e da libra. Dólar a R$3,21 significa redução dos efeitos da desvalorização de 50% do real em 2015. Significa também que a valorização do real contribui para a redução do processo inflacionário, vez que 30% do IPCA são de produtos importados. Na contramão reduz o efeito propulsor das exportações. Contudo, as exportações brasileiras são hoje principalmente do agronegócio, onde existe elevação contínua da produtividade. Outra prova é o índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que apresentou crescimento de 18,8% no primeiro semestre do ano, sendo a maior valorização entre os principais indicadores globais da espécie. O tempo recente da gestão interina ainda não produziu outros indicadores benéficos.

A equipe econômica continua transmitindo sinais de que deverá fazer reformas estruturais. Porém, somente terá segurança depois da votação do processo de impeachment da presidente, que poderá ocorrer após dia 20 de agosto. Provavelmente dia 22. Tanto os partidos da situação como os da oposição querem ver logo o resultado. Ontem mesmo, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, referiu-se ao fato de que a carga tributária no Brasil é exagerada. Trata-se de um reconhecimento de que 36% de tributos engessam a economia brasileira. Trata-se também de um aceno aos empresários, de que pretende encaminhar a reforma tributária, com também a simplificação do processo de cobrança de tributos. Um ato simpático a eles. Ademais, o presidente da república em exercício sancionou a Lei de Responsabilidade das Estatais. Mesmo mantendo o fato de políticos em exercício também poderem ter cargo de decisões nas estatais, o que não pode não ser bom.

Conforme o Departamento de Estudos Econômicos do Bradesco existe já a melhoria dos indicadores de confiança, seguindo trilhas da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Por seu turno, o Índice de Confiança do Comércio, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, subiu 2,8% de maio para junho. É o maior nível desde maio de 2015, aumentando também os seus dois subindicadores, o de Expectativas e o de Situação Atual.

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