24/07/2016 - POPULISMO ECONÔMICO
Antes de 2003 e desde 1979, o Partido dos Trabalhadores (PT),
encabeçado por Lula, mantinha-se na oposição, discursando contra os
empresários, contra o capital internacional, dizendo que faria uma auditoria na
dívida externa, na oposição, claramente, de que não a pagaria na sua
integridade. Não tinha chances para a presidência, mas se colocava em segundo
lugar nas eleições majoritárias. Depois das campanhas perdidas de 1989, 1994 e
1998, na campanha de 2002, Lula fez uma carta aos brasileiros, prometendo respeitar
contratos. Ganhou as eleições e surpreendentemente, manteve o tripé
estabelecido por FHC, que começou a dar certo pelo mundo nos anos de 1990,
adotado por FHC em 1999. O tripé é formado por meta de inflação, câmbio
flutuante e superávit fiscal. No populismo econômico de Lula, em 2003, aprovou
lei de reajuste do salário mínimo, de acordo com a inflação do ano passado,
mais o incremento do PIB, que é o ganho de produtividade da economia nacional.
Ademais, pegou o Programa Bolsa Escola e outros programas sociais, reunindo
como Programa Bolsa Família. Do outro lado, fortaleceu com crédito e habitação
todas as classes. Isto é, incrementou a capacidade ociosa das empresas e o
consumo das famílias. Para os capitalistas escolheu parceiros privilegiados com
crédito subsidiado do BNDES e se aproveitou de uma forte onda de progresso
internacional. O papa da época chegou a dizer que, Lula teria achatada à
pirâmide da distribuição de renda, dizendo o papa que, no Brasil, os pobres
ficaram menos pobres e os ricos mais ricos. Na atual década, o modelo acima se
esgotou, visto que se reduziram as bondades internacionais, cresceu o
endividamento, restringindo o consumo. Era para a presidente Dilma ter mudado o
modelo, mas ela o aprofundou com sua política de intervenções voluntaristas.
Agora Lula e Dilma mostram suas diferenças abertamente na imprensa. Lula disse
que Dilma errou em retirar direitos dos trabalhadores com o ajuste fiscal.
Dilma disse que corrigiu erros dos programas sociais. Lula disse que Dilma se
afastou dos sindicatos e da classe política. Dilma disse que quer voltar e
faria mais do mesmo. Lula usa o populismo econômico para voltar em 2018. Até
lá, Temer tem toda a chance, no caso do impeachment de Dilma, de definir um
retorno ao modelo econômico do tripé referido, que fora detonado por Dilma,
colocando o País na situação do maior desastre econômico da história, mostrado
pela grande deterioração da contabilidade nacional.
Precisa-se acabar de vez, com o populismo econômico neste
País, que começou com Vargas e se aprofundou com Lula. Os agentes econômicos tem que ser eficientes.
Temer terá sua chance?
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