30/06/2016 - FILIAIS DA LAVA JATO
A operação Lava Jato, de investigações de esquemas
fraudulentos nos contratos da Petrobras, começou a abrir filiais no País. Na
semana passada, através de investigações da Polícia Federal (PF) na Lava Jato
se descobriu uma rede de exploração de servidores públicos, tomadores do
crédito consignado, ativos e inativos, mas que não tinha relação direta com o
esquema na Petrobras, visto que estava envolvendo diretamente o petista
histórico Paulo Bernardo e vários dirigentes do PT, o qual chefiou o Ministério
do Planejamento do governo Lula e o Ministério das Comunicações do governo
Dilma. Assim, remeteu-se para a justiça de São Paulo, que em operação da PF,
batizada de Custo Brasil, identificou um esquema de R$100 milhões, dos quais
R$7 milhões teriam sido recebidos pelo ex-ministro citado. A propina era
resultante de extração de R$0,70 de cada funcionário, mensalmente, distribuída
através de contrato fictício com empresas de consultoria e escritórios de
advocacia, como taxa de serviço, quando referida taxa não seria nem de R$0,13
por boleto.
Em Pernambuco, surgiu outra filial da Lava Jato, onde a
Polícia Federal está desvendando um esquema de R$600 milhões, juntamente com os
mistérios do trágico acidente aéreo que matou o candidato presidencial Eduardo
Campos, do PSB. A delação premiada do diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, colocou Eduardo Campos no rol de mais de 30 políticos que teriam se
beneficiado dos esquemas de fraude na Petrobras. Deflagrada na semana passada
pela PF, naquele Estado, chamou-se Operação Turbulência, numa alusão ao avião
que explodiu com Campos, de propriedade de envolvido no esquema de fraudes,
João Lyra, chamado de o “homem da mala” de Campos, envolvendo ainda 25 empresas
e a empreiteira OAS.
No Rio de Janeiro, após 10 anos do PMDB no poder, as delações
premiadas de executivos da Andrade Gutierrez e da Odebrecht revelaram que o
ex-governador Sérgio Cabral recebia propina de 5%, para o caixa dois do
partido, estimada em R$400 milhões de reais. O afastado presidente da Câmara
Federal, Eduardo Cunha, está denunciado por ter recebido US$5 milhões de
propina em negociações de navios sonda a serviço da Petrobras. Ele ainda está
denunciado por levar R$52 milhões na revitalização do Porto Maravilha, joia da
coroa olímpica.
Dessa maneira, PT, PP, PMDB, PSB já estão envolvidos nos
esquemas de propina da Petrobras. O recente afastamento do senador Romero Jucá
(PMDB) do Ministério do Planejamento, por se tornarem públicas as gravações de
Sérgio Machado, em uma das delas em que ele diz “estancar a sangria” na Lava
Jato, é um gesto tresloucado de impedir as investigações. Porém, o presidente
interino, Michel Temer (PMDB) tem afirmado que ela vai até o fim.
Comentários
Postar um comentário