26/06/2016 - SAÍDA DO REINO UNIDO DA UNIÃO EUROPEIA
A sigla BREXIT
marca uma polêmica. Ela significa a junção de Britânia (Reino Unido) com exit
(saída). As pesquisas indicavam que o Reino Unido (RU) não sairia da União
Europeia (UE). O plebiscito do dia 23, passado, mostrou que 52% dos britânicos
votaram pelo RU sair. Na verdade, os jovens faltaram muito e os velhos foram os
mais votantes. Transparece na cultura britânica traços de intolerância racial e
um orgulho de ser a 5ª. Maior economia do planeta com vontade de impor suas
ideias em seus contratos. A UE é um bloco político e econômico, prestes a
completar 60 anos, tendo o RU ingressado em 1973, cuja composição era de 28
países. Dentro da UE foi criada uma moeda comum, o euro, cuja adesão ocorreu
com a maioria dos países do bloco, mas o RU continuou mantendo a sua moeda a
libra esterlina. O euro se tornou uma moeda forte, cujo uso comum facilitou o
progresso de diversos países, cujo exemplo bem visível é Portugal.
A saída britânica não chega a ser
um desastre. Porém, um retrocesso, porque gera incertezas de relações
internacionais e derrubaram as projeções de crescimento econômico mundial. Outros
países europeus cogitam fazer plebiscitos. Maiores dificuldades acontecerão e
muitos contratos serão revistos, o que pode demorar muito e dificultar o
ambiente geral de negócios. A saída do RU põe em dúvida a solidez de uma
instituição prestes a completar 60 anos. O bloco sofreu muito com a recessão de
2009 e se tem abalado com a chegada de 1,2 milhão de refugiados de guerra. Ele
compartilha uma estrutura burocrática, de tarifas comerciais, de zona de
movimentação de pessoas e mercadorias.
A teoria econômica se consolidou
depois da edição do livro de Adam Smith sobre a “Riqueza das Nações” (1776).
Smith apregoava a liberdade dos mercados, onde havia uma “mão invisível”, fazendo
o equilíbrio. Por conseguinte, os países deveriam se especializar de forma
absoluta. Isto é, por simplicidade, países industriais continuariam assim; países
agrícolas não teriam indústrias. A
vantagem absoluta não é o caminho correto. Coube a David Ricardo, em 1817,
sistematizar os benefícios da cooperação ao criar o princípio da vantagem
comparativa. No qual os países
produziriam aqueles produtos que tivessem relativa vantagem com o uso de seus
recursos produtivos. Em outras palavras, o custo absoluto da produção não é tão
relevante como o custo de oportunidade. Obviamente, estava dado o caminho certo
teórico para as trocas internacionais.
Depois de duas guerras mundiais
(1914 e 1939). Depois de dois mundos oponentes entre si: capitalista versus
socialista (1945-1987). O mundo se tornou um só, organizando-se em blocos,
fazendo acordos comerciais internacionais entre si: Nafta, União Europeia,
Organização de Países Exportadores de Petróleo, Tigres Asiáticos, China e sua
área de influência, Mercosul. Tais blocos alcançaram progressos por
especialidades. Ente os países se desenvolveram acordos bilaterais e acordos
multilaterais. O Brasil tem sido partidário desse último de acordo, que obedece
muito mais a princípios ideológicos. As dificuldades deles são muito maiores do
que mos acordos bilaterais. A esse respeito, o Brasil de agora quer romper com
as amarras. O atual Ministro das Relações Exteriores, José Serra, vem
desenvolvendo projetos der ampliar os acordos bilaterais, acreditando que a
dinâmica da economia brasileira possa revigorar-se.
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