07/06/2016 - METRALHADORA PONTO 100
O maior grupo de empresas do Brasil, a Odebrecht, tem seu
presidente preso há um ano, por conta das investigações da operação Lava-Jato,
acerca da formação de cartel na consecução de obras da Petrobras. O ex-presidente
José Sarney externou que a delação premiada de Marcelo Odebrecht é “uma
metralhadora ponto 100”. A repercussão de 30 fases investigativas, mais de dois
anos de devassa na Petrobras, estatal que tem uma área de influência econômica
de 13% sobre o PIB, teve um efeito recessivo na economia, agravado pela falta
de confiança dos investidores e consumidores. A delação do citado Marcelo,
conhecido homem que desprezava delatores, não resistiu e já vazou para a
imprensa que a campanha de 2014, da presidente Dilma Rousseff foi financiada
com propina depositada em contas secretas no exterior. A empreiteira pagou
mesada de R$50 mil ao secretário particular da presidente afastada, Anderson
Dorneles. João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais de Lula e Dilma,
recebeu pagamentos da construtora em uma conta secreta no exterior. De que Lula
fez tráfico de influencia também para a OAS. De que a reforma do sítio em
Atibaia foi realizada a pedido do ex-presidente Lula. Que Aécio Neves recebeu
propina pela obra do Centro Administrativo de Minas Gerais. A metralhadora
giratória de Marcelo Odebrecht vai chegar ao fim da sangria desatada com as
investigações e de que a economia irá recuperar-se no próximo ano. Na verdade,
já há economistas afirmando que a economia se recupera no segundo semestre. Os
acordos de leniência serão firmados com as grandes empreiteiras, cujas obras
terão seguros de realização e prazo certo para acabar.
Voltando à Construtora Odebrecht, o seu faturamento em 2003
foi de R$17,3 bilhões. Em 2014, alcançou R$107,7 bilhões. Mais de seis vezes. O
seu grupo compreende cerca de 300 empresas. Porém, com a Lava-Jato, a
empreiteira sofreu o maior revés da sua história. A sua ação está cotada no
mercado internacional a 30% do seu valor.
Por fim, o procurador geral da República, Rodrigo Janot,
pediu ao Supremo a prisão do ex-presidente José Sarney, do presidente do
Senado, Renan Calheiros, do senador Romero jucá e do presidente afastado da
Câmara, Eduardo Cunha, todos eles envolvidos na operação Lava-Jato, seja recebendo
propinas, seja atrapalhando as investigações.
Face ao exposto, fica cada vez mais claro de que haverá uma
verdadeira faxina ainda neste ano, para que o País deixe de ser condecorado
internacionalmente com a medalha de ouro de corrupção.
Comentários
Postar um comentário