21/06/2016 - DESIGUALDADE AUMENTA NO PAÍS




Uma conclusão óbvia é a de que a recessão aumenta a desigualdade entre pobres e ricos. A questão é de quanto? Para isso, o professor da USP, Rodolfo Hoffman examinou os dados das Pesquisas por Amostras de Domicílios Contínuas, que antes era anual, mas passou a ser trimestral. A análise tomou o ano de 2015 e o primeiro trimestre deste ano. A distância entre ricos e pobres se elevou em 3%. O estudo somente considerou renda do trabalho, visto que as citadas pesquisas não consideram transferências de aposentadorias, seguro desemprego, bolsa família, pensões, e aluguéis. O País conta com 11 milhões de pessoas procurando emprego com carteira assinada. Trata-se de desempregados de forma aberta. De janeiro de 2015 a março de 2016, o a taxa de desemprego passou de 7,9% para 10,9%.

O boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, que consulta analistas das principais instituições financeiras do País, cerca de 120, voltaram a melhorar a projeção para o desempenho da economia neste ano. Ou seja, reduziram a taxa de recessão de – 3,6% para – 3,4%. Porém, a projeção da inflação oficial subiu de 7,19% para 7,25%. Inflação alta também eleva a desigualdade.

Ao nível pessoal, ao nível do setor produtivo, ao nível regional, ao nível estadual, podem ser percebidas as desigualdades. Ontem, a União cedeu aos Estados, que não pagarão as dívidas por seis meses e depois de 18 meses terão descontos decrescentes. O custo da União será de R$50 bilhões. Os maiores devedores são os grandes Estados e eles serão os grandes beneficiários. A dívida de São Paulo é 40% do total, a do Estado mais rico da Federação. Já o Estado mais pobre, o Piauí, quitou sua dívida.

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