08/06/2016 - PETRÓLEO EM ALTA
Há três dias se comentou aqui que
a exploração do petróleo na camada do pré-sal atingiu um milhão de barris
diários, sendo já 40% da produção em território nacional. A Petrobras tem mais
de 60 anos, havendo apenas 10 anos da produção nos campos do pré-sal. Portanto,
a recuperação da empresa, que passa por um processo de reengenharia, venda de
ativos e correção de contratos fraudulentos, investigados pela operação
Lava-Jato, vem em pontos de expansão da produção em águas profundas.
O mercado do petróleo é
fortemente influenciado pela demanda dos Estados Unidos, que importa 25% do seu
consumo. Já importou muito mais. Porém, com a sua produção do barril de óleo
extraído do xisto betuminoso, chegou-se até em falar-se na sua autonomia.
Contudo, o óleo do xisto é muito poluente e exige parcimônia na sua extração.
Ademais, a oferta dos países membros da OPEP, tem-se comportado no contingenciamento,
em função dos preços desejados. O fato é que, depois de doze anos de alta do
preço do barril, que chegou a US$110.00, o preço caiu até US$29.00. A esse
preço do barril, a exploração do petróleo do pré-sal fica inviável, já que o
custo de produção com os demais custos se situa na faixa de US$35.00 a US$45.00,
sendo difícil produzir em faixa mais baixa, dado que a tecnologia para mais de
5 mil metros não é barata. Desde
janeiro, quando o barril de petróleo atingiu referido mínimo, o preço dele já
subiu cerca de 70%. Encontra-se agora por volta de US$50.00.
As causas estruturais que
elevaram o preço do barril do petróleo foram às projeções de crescimento
mundial médio acima de 3%, feitas pelo FMI, além da elevação do consumo de
gasolina nos Estados Unidos. Já os fatores conjunturais foram a interrupção da
produção na Nigéria, o sexto maior exportador mundial, além do incêndio
florestal no Canadá, na região que produz 80% da produção daquele país. O
Canadá é o maior exportador para os Estados Unidos. Ademais, a recente queda
vertiginosa de preços, muitas petroleiras pararam de investir e, em 2015,
fizeram o menor número de descobertos em 60 anos. Por fim, a projeção americana é de que o
petróleo não fique abaixo de US$50.00 até setembro de 2017. Já a OPEP está
prevendo que a demanda vá superar a oferta em 2017. Para o Banco Goldman Sachs
o petróleo pode subvir para US$55.00. Já a consultoria EY projeta US$65.00.
Portanto, é o momento da Petrobras dinamizar a exploração na camada do pré-sal.
A previsão do governo é de
aprovar em julho as mudanças que desobrigam a Petrobras a investir 30% no
pré-sal. Isto desatará novas parcerias.
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