13/06/2016 - SOLTAR INVESTIMENTOS CONTRATADOS
No segundo mandato da presidente Dilma houve a necessidade do
ajuste fiscal e este foi realizado parcialmente em 2015, cortando investimentos
públicos e desestimulando inversões privadas. O Brasil ingressou em forte
recessão já em quase três anos. Afastada por problemas de irregularidades,
quanto à desobediência da Lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma está sendo substituída
pelo presidente interino, Michel Temer, que precisa urgentemente reativar
investimentos. Logo, existem várias sugestões quer poderão ser praticadas.
A Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de
Base (ABDIB), por exemplo, através do seu presidente executivo, Venilton
Tadini, veio a público pedir que o governo solte investimentos contratados,
apontando a forma de gerar recursos para investimentos de R$90 bilhões,
mediante emissão de debêntures correspondentes as dívidas parceladas de tributos
das empresas para com a União. O Estado trocaria debêntures por dinheiro
imediato. Não é uma operação de crédito, nem antecipação de receitas, mas
antecipação de recebíveis. O País tem
cerca de R$35 bilhões de investimentos em contratos de concessão já assinados,
que seriam destravados no curto prazo. Assim, calcula a ABDIB que R$15 bilhões seriam
ativados até 6 meses, em aditivos aos contratos entre 1994 e 1998. Aportes
adicionais em concessões rodoviárias podem atender demandas que não estavam
previstas originalmente, visando ampliar a capacidade de tráfego e segurança.
Outros R$20 bilhões entre concessões entre 2012 e 2014, sendo contratos de
empreendimentos em aeroportos e rodovias. Ademais, R$24 bilhões poderiam ser
alocados em lançamentos de novas concessões, de acordo com a segunda edição do
Programa de Investimentos em Logística.
Ao assumir, no dia 12 de maio, Michel Temer editou Medida
Provisória para funcionar uma Secretaria de Concessões, vinculada ao Ministério
do Planejamento. O seu encarregado é Moreira Franco, que já foi governador do
Rio de Janeiro e tem experiência em contratos do tipo parceria público-privada.
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