06/06/2016 - PRIVATIZAÇÃO



O Estado mastodonte é lento. Portanto, ineficiente. Claro, deveria ser feita uma reengenharia nele, que seria a melhor solução. De que adianta privatizar e a máquina pública estar do mesmo tamanho? O dinheiro da privatização cobriria os rombos de prováveis quatro anos do período Dilma 2. E depois?

Vão-se 50 anos que o grupo Abril defende a privatização. Trata-se de uma postura neoclássica. Aqueles que não versam sobre economia, o neoclássico na matéria é a defesa do Estado mínimo. Ou seja, os defensores da corrente, de uma forma pura, referem-se a que os mercados resolvem tudo. No limite, eles raciocinam que a economia trabalha no pleno emprego. Na prática, não acontece. Porém, eles pensam que se procura isso. A remuneração dos fatores de produção deve ser conforme a contribuição marginal de cada fator, seja capital, seja trabalho. Portanto, Estado fora da economia, ele só é admitido na regulação. A capa da revista Exame, datada do dia 8 deste mês, revela-se: “Como salvar a nossa economia? Dica: que tal retomar o programa de privatização?” Pelo bem ou pelo mal, se o sistema é capitalista, como defender o Estado produtor? O Estado já foi muito defendido pelo nacionalismo. Na verdade, continua sendo. Porém, o gigantismo da máquina pública não lhe dá agilidade. Portanto, falta eficiência. O próprio Estado encobre os defeitos, faltando transparência.   

A citada revista afirma que há R$300 bilhões que poderiam advir das privatizações. A joia da coroa seria a BR Distribuidora, rede de postos de combustíveis e lojas de conveniência, estimada em R$60 bilhões. Em seguida seria a venda da participação minoritária em blocos de petróleo, principalmente em poços antigos com produção em queda, valor de R$55,5 bilhões. O sistema Transpetro, composto de navios, dutos, terminais para óleo e gás, R$45 bilhões. O sistema Gaspetro, distribuidora de gás, geradora de energia e produtora de fertilizantes, R$25 bilhões. A Empresa Brasileira de Correios, juntamente com o Banco Postal, R$25 bilhões. Três aeroportos, Congonhas, Santos Dumont e Manaus da Infraero, R$20 bilhões. A Caixa Seguridade, R$15 bilhões. Sete distribuidoras de energia estaduais, Amazonas, Boa Vista, Ceal, Celg-D, Cenon, Cepisa e Eletroacre, R$15 bilhões. Furnas, R$10 bilhões. Eletronorte, R$5 bilhões. Eletrosul, R$2,5 bilhões. Chesf, R$1,5 bilhão. IRB, R$3 bilhões. Docas, sendo oito empresas de portos, R$1 bilhão.

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