05/06/2016 - PRÉ-SAL ATINGE UM MILHÃO DE BARRIS
Não obstante haja problemas de
serem equacionados, quanto ao elevado endividamento da Petrobras, a correção
dos seus contratos de obras e fornecimentos, visto que as investigações da
operação Lava-Jato ainda estão em curso e não foram definitivas, bem como todos
os acordos de leniência para a conclusão das obras fraudadas, a perspectiva é
de que a atual administração de Pedro Parente, experiente executivo, coloque a
estatal no caminho da gestão realmente profissional, tal como já vinha
conduzindo o presidente anterior, Aldemir Bendine. Ambos partiram para
reengenharia do grupo Petrobras e a venda de ativos, visando enxugar a máquina
viciada. A perspectiva também do lado da produção é cada vez mais alvissareira
na exploração em campos do pré-sal. Em maio, a marca de um milhão de barris de
petróleo na camada do pré-sal foi atingida. Trata-se da primeira vez em que se
atinge tal marca em águas ultra profundas, abaixo de 5.000 metros. Segundo a estatal,
referida produção representa 40% do total do País. A produção naquelas áreas
foi de uma média diária de 801 mil barris de óleo por dia. Pedro Parente
defende a aceleração da produção da riqueza do pré-sal com a mudança do marco
legal, visando retirar a empresa da obrigação de realizar no mínimo 30% do
investimento em todo o consórcio que faria de exploração da espécie, além de
ser a operada única em todas as áreas. Já existe um projeto de lei na Câmara de
Deputados, visto que foi aprovado no Senado, em fevereiro último.
Muito embora em cerca de um ano o
barril do petróleo caiu praticamente à metade, dado que os Estados Unidos
passaram a ser o maior produtor mundial, extraindo principalmente petróleo das
rochas de xisto, além do Irã estar restaurando a sua participação no mercado de
venda, com maior oferta, a estatal confirma que o petróleo naqueles campos é
altamente rentável, em função da produtividade e do baixo custo de extração. O
custo médio revelado ficou em US$8.00, perante um desempenho médio da indústria
na faixa de US$15.00. A Petrobras considera a viabilidade econômica, devido aos
demais custos de refino, armazenamento e circulação na faixa de US$35.00 a
US$45.00, Atualmente, o barril está sendo negociado a US$48.00.
Na solenidade de posse do novo
presidente, a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, afirmou: “Os
projetos de produção do pré-sal são, hoje, a principal aposta e foco de
investimentos da Petrobras, por sua importância estratégica e alta
rentabilidade. Eles são a garantia, junto aos demais projetos do nosso portfólio,
de maior previsibilidade para as nossas metas e curvas de produção”. Assim,
ainda revelou que, do total da extração de petróleo brasileiro, 70% é feito
pela Petrobras e 30% por seus parceiros.
Inúmeras versões se têm da atuação
da Petrobras. Daquela de que será privatizada a aquela que renasceu e voará feita
fênix. Volta-se a sonhar com a produtora e exportadora, sem considerar-se a
maldição do petróleo. Trata-se de um mar de tubarões agressivos.
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