26/08/2014 - ENERGIA ELÉTRICA EM SITUAÇÃO CRÍTICA




No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, FHC (1999-2002), a situação dos reservatórios, que servem água para movimentar as turbinas das hidrelétricas, chegou à situação crítica, isto é, em seu nível mínimo de depósito de águas. FHC executou o racionamento de energia em 2001. Sem dúvida, um dos motivos de descontentamento que muito contribuiu para a substituição do PSDB pelo PT na presidência da República. Agora, em 2014, os reservatórios também chegaram ao nível crítico. No entanto, o governo da presidente Dilma optou por usar as termelétricas, quer são movidas a combustíveis, muito mais caras do que as hidrelétricas, ocasionando um rombo nas contas das distribuidoras de energia, que foram obrigadas a comprar a energia mais cara, repassando o prejuízo ao governo, que não o quer assumir, transferindo para contas de empréstimo dos bancos oficiais. Como sempre aconteceu o governo repassou o prejuízo decorrente do fato das distribuidoras aos consumidores de energia elétrica. Porém, em ano eleitoral, no qual a presidente é candidata à reeleição, o repasse total estimado teria de ser somente neste nível de ano de R$18 bilhões, sendo postergado para 2015, em diante, visto que a elevação das contas até agora, para cobrir referido rombo deveria ser de mais de 25%.

A incidência das chuvas muitas vezes foge da regularidade, podendo gerar abundância ou paralisar parte do fornecimento hidrelétrico, conforme agora. Na primeira situação, a presidente Dilma baixou demagogicamente o preço da conta de energia em 2013, em cerca de 20%. Entretanto, o tiro saiu pela culatra, voltou atrás, elevando a conta energética em torno de 18% há poucos meses atrás. O quadro atual é preocupante porque poderá atingir mais ainda a produção nacional, já bastante debilitada. O cálculo atual é de que as usinas geradoras não deverão gerar 13% do volume que precisariam fornecer ao sistema, ampliando o déficit, que terá de ser suprido por termelétricas. O problema parece que não será mais grave porque está havendo incidência de chuvas. Assim, o racionamento foi evitado, através de elevado custo social acima referido.

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