21/07/2014 - BRASIL SE FECHA MAIS


No dia primeiro deste mês, a abordagem foi a de que o Brasil pouco se insere nas cadeias globais de produção. Somente 9% dos componentes importados fazem parte das exportações brasileiras. A campeã é a Coréia do Sul com 50% de componentes importados. No grupo emergente brasileiro, por exemplo, a Índia possui 22% e a China 21% de insumos em referência. Outro fato de baixa geração de valor é que o Brasil exporta 60% de recursos naturais em seus produtos, enquanto a Índia exporta 35% e a China 10%. No geral, o Brasil somente realiza 1% das transações internacionais.

A economia doméstica se contraiu muito nos últimos anos. Seria normal que as empresas brasileiras batalhassem mais em outros países. Mas, não. Desde 2008 que vem caindo o número de empresas brasileiras que passaram a ter operações em outros países. Por exemplo, em 2004 foram 10 empresas que se internacionalizaram. Em 2008 eram 6 empresas com operações em outros países. Em 2009, 2. Em 2010, 3. Em 2011, 3. Em 2012, 4. Em 2013, 2.

Tomando 3 momentos para quatro outros emergentes, vê-se como o Brasil está se fechando e os outros do grande grupo de emergentes se abrindo. A China em 2010 internacionalizou 69 empresas. Em 2011, 75. Em 2012, 84. A Rússia em 2010 internacionalizou 53 firmas. Em 2011, 67. Em 2012, 51. A Índia em 2010, 25 empresas. Em 2011, 12. Em 2012, 9. O México em 2010, 15. Em 2011, 12. Em 2012, 26. 

O período de quatro anos da presidente Dilma cravará uma taxa média anual de menos de 2%. O Brasil não cresce bem, nem na economia doméstica, nem na economia internacional. Investir aqui e lá fora é muito caro em razão da elevada carga tributária. Estudo recente da consultoria internacional EY (antiga Ernest & Young) revela que os custos financeiros brasileiros são de cerca de 6% do investimento empresarial, contra 1,7% na Austrália; 1,6% no México; 0,4% no Reino Unido.

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