01/08/2014 - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA ABRIU DIÁLOGOS
Órgão congregado das federações
estaduais, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) sediada em São Paulo, no
edifício da FIESP, Avenida Paulista, monumento do poder econômico, sediou
encontro no dia 30 passado, em que imaginava serem debates entre os três
principais candidatos à presidência da República, visto que lhes tinha
entregado documento, contendo 42 medidas para aumentar a competitividade do
setor industrial brasileiro. Os candidatos se fizeram presentes, em horários
distintos, mas o que houve foram diálogos com os industriais presentes. Mesmo
com a presença de um candidato oriundo de Pernambuco, Eduardo Campos, as
questões regiões do Norte e Nordeste estiveram fora da pauta.
Eduardo Campos, o terceiro mais
cotado nas pesquisas, conseguiu arrancar aplausos da plateia, defendendo
profundas mudanças políticas no País, para fazer frente aos desafios
econômicos, acreditando que os seus principais adversários estariam presos a
circunstâncias políticas que os impediram de programar as mudanças necessárias.
Prometeu, como primeiro ato do seu governo, encaminhar projeto de reforma
tributária ao Congresso. Finalizou: “O padrão político brasileiro faliu,
esclerosou. Para chegarmos a outro ambiente precisamos de uma nova lógica, que
não é esta patrimonialista, focada na velha república”. Isto é, reformas, a
partir da reforma política.
Aécio Neves, o segundo melhor
colado nas pesquisas, afirmou que, se eleito, implantará “novo ciclo”, que
passa por questões voltadas para a infraestrutura, taxa de câmbio, juros e
simplificação do sistema tributário. Afirmou: “Sou candidato do sentimento
profundo de mudança que permeia a sociedade brasileira. Não tenho dúvidas dos
desafios que temos pela frente. Preparei-me e me reuni ao longo dos últimos
anos com as mais expressivas lideranças da economia. Não é normal para um País
com a nossa renda média viver processo de desindustrialização”. Ficou claro que
não se comprometeu com reformas. Antes desse evento, vem deixando claro que
reduzirá a metade o número de ministérios.
Dilma Rousseff, o primeiro
candidato nas pesquisas, tentou mostrar que a economia seria pior sem ela,
neste seu primeiro mandato. Mostrou que
promoveu a desoneração da folha de pagamentos para 56 segmentos produtivos,
mudou a tributação de bens de capital, reduziu IPI de veículos e da linha
branca, alterou o Simples Nacional (sistema simplificado de tributos das
pequenas empresas). Afirmou: “São a verdadeira reforma tributária”. Só mesmo
porque ela quer. Por fim, indagou: “Como seria se não tivéssemos adotado as
medidas anticíclicas? Em que situação estaria a nossa indústria?” Ora, a
indústria está recuando em todos os quatro últimos anos. Ela está convencendo
mesmo é aos seus pares.
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