15/07/2014 - CAMPANHAS CARAS




A campanha da presidente Dilma (PT) está orçada em um teto de R$298 milhões.  A do candidato Aécio Neves (PSDB) em R$290 milhões. A do candidato Eduardo Campos em R$150 milhões. A previsão de gastos das principais candidaturas, através dos partidos cujas principais siglas são PT, PSDB, PMDB, PSB, à presidência neste ano se aproximam de R$1 bilhão, uma elevação de mais de 100% em relação a 2010. Os custos de campanha são para profissionais especializados, produtoras de tevê, gráficas, banca de advogados, cabos eleitorais, panfletos, viagens, materiais e serviços, uso da internet e das redes sociais.

A legislação eleitoral obrigou aos candidatos a apresentarem declarações de bens a preços de mercado. Todavia, causou surpresa os valores patrimoniais apresentados, que não chegaram a R$5 milhões. O maior patrimônio é o do Aécio Neves, em cerca de R$2,5 milhões. Os bens relacionados pela presidente Dilma alcançam R$12,7 milhão. Já Eduardo Campos relacionou bens no valor de R$546 mil.

Ora, o padrão franciscano dos candidatos conflita com o anunciado um bilhão de reais de gastos. De onde virão tais recursos? Evidentemente, de doações. Então se identificam as empreiteiras e grandes grupos econômicos como aqueles que doam mais recursos e a todos os partidos. A cobrança deles será feita em repetidos contratos superfaturados de obras públicas.

As manifestações populares propuseram em primeiro lugar a reforma política para evitar a repetição dos escândalos de compromissos velados assumidos pelos candidatos. A presidente da República enviou projeto de reforma política. Ele está no Congresso. Porém, não vai para frente. É um fracasso a sua reformulação. Mais uma vez a população é preterida. A revolta virá com as próximas manifestações populares.

Enquanto isto, pela sétima vez, os analistas consultados pelo boletim Focus do Banco Central recuaram em suas projeções do PIB para este ano, calculado em 1,05%. Enquanto isto fez um ano em que foi aprovada a Lei dos Portos, de grande esperança, marco regulatório de uma grande trava do custo Brasil. Mas, os aportes de capitais caíram 35% no ano passado, em relação a 2012. Isto é, a esperada queda do custo Brasil ganhou o caminho oposto: o crescimento da incerteza jurídica aumentou o custo do capital em 1,5% e as mudanças trabalhistas criaram custos extras para as empresas.

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