20/07/2014 - CHANCE DE 90% DE RECESSÃO




O modelo econométrico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas aponta para o fato de o Brasil já estar em recessão, com 90% de probabilidade. A recessão técnica é considerada quando a economia apresenta crescimento do PIB de dois trimestres negativos. O primeiro trimestre deste ano foi positivo em 0,5%. Porém, dados preliminares do IBGE indicam que o segundo trimestre foi negativo. Diversos indicadores desfavoráveis, divulgados neste julho, estão a induzir a conclusão do terceiro trimestre negativo. As evidências da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias informou que o fluxo de veículos pesados caiu 4,3% em junho. Por seu turno, a Associação Brasileira de Papel Ondulado confirmou queda de 3,3% na expedição de papel ondulado. Já a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores divulgou recuo de 19% n fabricação de veículos neste ano. Quando se retira o Índice de Confiança da Indústria do modelo em referência, a chance do País estar em recessão caiu para 20%.

O ano de 2010 encerrou o ciclo de alta da economia. O mandato da presidente Dilma está em baixa do ciclo econômico. Os candidatos à presidência da República terão que mostrar o desejo de ampliar os investimentos. Para tanto, é preciso reduzir a carga tributária sobre o PIB, hoje por volta de 36%. No governo de Dutra (1946-1950), a carga tributária sobre o PIB estava em 16%. No governo (1993-1994) de Itamar chegou a 25%. Portanto, durante o ciclo de longo crescimento dos anos de 1970 se deram com carga tributária inferior a 25%. Os atuais governos de FHC, de Lula e de Dilma elevaram a carga tributária de 25% para 36%. Dessa forma, está mais de um terço da poupança nacional nas mãos do governo, o qual eleva sensivelmente a cada ano seus gastos de custeio maiores do que os incrementos do PIB.

Em resumo, além da reforma tributária é fundamental estimular as exportações, controlar a inflação, reduzir os gastos públicos e ampliar os investimentos em infraestrutura.

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