14/07/2014 - POUPANÇA EM BAIXA
Sem dúvida, a alta da inflação e
o endividamento elevado se traduzem em queda do poder aquisitivo, sobrando
pouco dinheiro no final do mês para muitos brasileiros. Conforme o Banco
Central, a captação líquida de depósitos na caderneta de poupança, no primeiro
semestre de 2014, foi a menor dos últimos três anos, quando o saldo do primeiro
semestre de 2011 foi negativo em R$3 bilhões. O saldo de janeiro a junho de
2010 alcançou R$12,2 bilhões; de janeiro a junho de 2012, em R$28,3 bilhões; no
primeiro semestre de 2014, em R$9,6 bilhões. A alta de preços, sobretudo dos
alimentos, diminuiu o poder aquisitivo da população.
A taxa de juros da SELIC subiu em
abril deste ano para 11%. Já a caderneta de poupança apresentou saldo negativo
de R$1,27 bilhão naquele mês. A relação
entre elas é direta, a alta da SELIC fez com que a caderneta se tornasse menos
vantajosa, assim como os CDBs, em relação aos fundos de renda fixa, letras de
crédito industrial (LCI), letras de crédito agrícola (LCA). LCI e LCA são
isentos de imposto de renda. A aplicação em CDBs em junho de 2013 era de
R$622,9 bilhões, sendo em junho de agora R$565 bilhões. As aplicações em LCI
passaram de R$75,3 bilhões para R$199,9 bilhões no mesmo período; as aplicações
em LCA saltaram de R$26,3 bilhões para R$32,1 bilhões nos mesmos meses
referidos. A redução dos depósitos em poupança não é maior porque os
brasileiros, principalmente os mais velhos, são conservadores, preferindo
segurança, fazendo um fundo de reserva, que não paga imposto de renda, nem taxa
de administração como pagam os fundos.
O baixo volume de recursos nos
bancos é ruim para o aquecimento da economia. Menos dinheiro nos bancos,
implica em dificuldades interpostas por eles, os quais também preferem aplicar
mais em títulos públicos que rendem a SELIC.
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