13/07/2014 - ARENAS DO DESPERDÍCIO




O circo brasileiro da Copa do Mundo de Futebol, na qual o Brasil foi massacrado na semifinal por derrota de 7x1 gols pela Alemanha e perdeu de 3x0 gols para a Holanda é parecido com a frágil política econômica brasileira. Desaba por falta de competitividade. Objetivava o governo de a presidente Dilma ganhar as eleições no primeiro turno. Para tanto, não mediu despesas,  crê-se que cerca de R$3 bilhões do orçamento, dinheiro do povo brasileiro, o qual lhe deu 53 milhões de votos em 2010, pensando que ela iria lhe poupar. Ou fazer, o Brasil poupar, gerar maior investimento, garantir melhor crescimento do PIB. Quase tudo ao contrário. Ainda ela quer ser reeleita. Pior, é a que mais tem chance hoje. Os resultados da economia de saldos, mesmo que se atingisse o hexacampeonato são de um PIB, que continua um pibinho, previsão caindo pela sexta vez, segundo enquete feita semanalmente pelo Banco Central, visto que crescerá talvez menos de 1%, se crescer, enfim, números econômicos decadentes, assim como sobraram dentre outras frustrações, as arenas de futebol do desperdício de dinheiro público.

Acertaram-se doze arenas de futebol, sendo três geridas por times de futebol: Beira-Rio, Porto Alegre, Arena Corinthians, São Paulo, Arena da Baixada, Curitiba; seis geridas por consórcios com a iniciativa privada: Maracanã, Rio de Janeiro, Mineirão, Belo Horizonte, Fonte Nova, Salvador, Castelão, Fortaleza, Arena das Dunas, Natal, Arena Pernambuco, Recife; três geridas por governos estaduais: Arena da Amazônia, Manaus, Estádio Nacional, Brasília, Arena Pantanal, Cuiabá. A estas últimas o objetivo é o mesmo: repassar o controle dos estádios à iniciativa privada, visto que todos os três serão elefantes brancos, isto é, inviáveis economicamente para fazer jogos de futebol. Será que eles servirão para outros negócios? Mas, que negócios? A conclusão de hoje é que os grupos que assumirem a operação desses três estádios não poderão contar com o público futebolístico, visto que lá não existe público nem para chegar ao mínimo de 20% da lotação. A Arena de Manaus recebe 8% para a sua manutenção. O Estádio Nacional de Brasília, 18%. A Arena Pantanal de Cuiabá, 11%. A quem cabe responsabilizar as decisões por prejuízos da espécie? Através do Ministério Público? Ele o fará? A OAB se pronunciará?

Nos Estados Unidos, por exemplo, o estádio de Silverdrome, edificado para a Copa do Mundo de 1994, no mês que vem será leiloado. Daquela época para cá, os lixos e os entulhos dominam as arquibancadas. Plantas e as ervas daninhas proliferam pelo gramado que foi palco dos jogos da Copa do Mundo de 1994. Não há energia elétrica. Somente escombros. Já se sabia disso tudo por aqui, mesmo assim se fizeram investimentos nos referidos três estádios caóticos. Desperdícios do dinheiro público. Coisas que mostram a antieconomia da gestão atual. Não se sabia disso?

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