25/06/2014 - CRÉDITO CONSIGNADO
A política econômica do governo
do ex-presidente Lula foi aquela de não “mexer em time que está ganhando”, pelo
óbvio, no ataque. Isto é, a reforma monetária e a reforma bancária de FHC e o
seu tripé econômico lhes foram fundamentais. Tripé, nome este sempre repetido,
porém, sem dúvida, o alicerce no qual as economias internacionais tem se
referenciado. Desde os anos de 1970, quando eles se referiam: empresas/crescimento/segurança,
segurança essa de um regime autoritário, agora como tripé de moeda estável/câmbio
flutuante/superávit fiscal. No meio de campo, elevar um pouco mais o salário
mínimo real, ampliar as políticas de inclusão social, começadas com FHC,
mediante utilização da capacidade ociosa da economia, crédito consignado,
crédito generalizado e construção civil. Isto deu certo, até ser esgotado no
início de 2011. “E agora José?”
Pegando somente o crédito
consignado, os idosos estão sendo explorados demais. Mas, não estão sendo
explorados somente pelo governo federal, através de o Banco do Brasil e da
Caixa Econômica Federal, pior, ainda, por todo segmento de bancos privados, os
quais, estes últimos, praticam as mais altas taxas de juros livres. O saldo da
dívida dos aposentados, nos últimos três anos, subiu 27%, passando de R$52,5
bilhões para R$66,8 bilhões.
O maior problema está na denúncia
de que grande parte desse dinheiro está sendo usado pelos parentes dos idosos.
O número de abusos financeiros pulou de 4.052, em 2011, para 16.796 em 2013,
conforme a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, noticiado pelo jornal
A Tarde, de ontem, Salvador, Bahia.
O real problema dos direitos
humanos é de que o segmento populacional da espécie tem sido sugestionado,
assediado, pela propaganda, inclusive pelos órgãos oficiais. No final de
contas, os idosos perdem, sem campo de defesa, ocasionando falência, forma ou
informal, em geral.
Em resumo, a inclusão social da
espécie, desde 1994, traz felicidade econômica?
Claro que não. Aqui não se omite que, a despeito dos bancos privados
cobrarem taxas de juros extorsivas, o crédito consignado é o melhor, dentre as
opções dos bancos. Porém sufoca o tomador, o que é antissocial.
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