05/06/2014 - DESEMPREGO SEGUNDO AMOSTRAS




Conforme a resposta da questão da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita pelo IBGE, nas seis maiores regiões metropolitanas do País, a taxa de desemprego está em torno de 5%. É essa taxa que autoridades se referem para exagerar, dizendo que o Brasil está perto do pleno emprego, assim como dizem que referida taxa é menor do que aquela vigente na Europa e nos Estados Unidos, desde 2008, o que isto último tem sido verdade, em razão da maior crise capitalista depois de 1929. Porém, antes de 2008, a situação era inversa.

Consoante a resposta da questão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), também feita pelo IBGE, em 3.500 municípios, a taxa de desemprego está em 7,1%. É essa taxa que autoridades queriam que o IBGE suspendesse a sua divulgação, isto por causa das eleições que pretendem ganhar, divulgando-a somente no ano que vem. O IBGE se revoltou e ingressou em greve, fazendo as autoridades recuarem em seu propósito. Claro que a taxa da PNAD é de uma amostra gigantesca, em relação à amostra da PME. Portanto, mais representativa. Taxa acima de 7% é maior do que a do desemprego nos Estados Unidos e de vários países europeus da atualidade.

Por que elas têm significados diferentes? A PNAD pergunta se a pessoa trabalha ou está procurando emprego. A PME pergunta a mesma coisa, mas quem deixou de trabalhar por opção. Nas seis regiões metropolitanas muitas pessoas e de forma crescente, deixaram de trabalhar, investindo na sua educação, também via obtenção de crédito oficial. De igual forma  existe número grande daqueles que não completaram o ensino médio, percentual maior nas cidades do interior nas regiões menos desenvolvidas do Brasil, estando mais expostos ao risco do desemprego, muito mais captados pela PNAD. A taxa de desemprego daqueles de ensino médio incompleto é de 12,7%, pela PNAD, enquanto a média geral é de 7,1%. Ademais, a taxa média de desemprego no Nordeste é de 9,3%. No Sul, na outra ponta, de apenas 4,3%.

Em resumo, o PNAD do primeiro trimestre de 2014 revela, considerando a população de cerca de 200 milhões, que a população econômica ativa (PEA) é de 91,2 milhões, 46% da total e a população desocupada de 6,5 milhões, algo como 7,1% da PEA. Enfim, uma coisa boa deve ser ressaltada. Ambas as amostras das pesquisas demonstram recuo do desemprego no Brasil.

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