24/06/2014 - PREVISÕES DO PIB
Ao que parece a presidente Dilma
deve ter neste ano o seu segundo pior desempenho econômico, visto que em 2012 a
economia brasileira cresceu somente 1%. O boletim FOCUS, datado de ontem,
diminuiu pela quarta vez consecutiva a expectativa do PIB deste ano, de
incremento de 1,24% para 1,16%. Os resultados cada vez mais fracos são também
sentidos internacionalmente. O Banco Mundial, que faz previsões gerais, possui
perspectiva de uma economia mundial com dificuldades de sair ainda da maré
baixa global, que se iniciou em 2008, drasticamente, reduziu a sua projeção
para o Brasil de 2,4% para 1,5%. Grande redução relativa, visto que o Banco
Mundial vem sempre defasado em suas projeções. Dados do Banco Central mostram
que a projeção da produção industrial anual caiu de 0,51% para 0,14%, o que é
de deixar perplexo como parece comprimir-se a indústria brasileira. Há cerca de
um mês a previsão era de expansão industrial de 1,63% para o PIB e de 1,4% para
a indústria. Para 2015, o PIB estimado passou de 1,73% para 1,60%. Por seu
turno, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) se elevou em
maio somente 0,12%.
No Brasil os resultados ruins
prosseguem, conforme estatísticas do IBGE, geralmente defasadas, devido ao
rigor das suas apurações. Assim, o IBGE detectou que as vendas no varejo
recuaram 0,4% em abril, em relação a março, em continuidade à debilidade do
pequeno desempenho do primeiro trimestre. As vendas de roupas e acessórios
estão em queda há quatro meses seguidos. Nos doze meses até abril a elevação é
de apenas 1,6%, em contraste com elevação de 4,9% do varejo em geral para o
mesmo período. Também divulgou o IBGE o índice oficial de inflação de janeiro a
maio deste exercício, sendo o IPCA de 3,33%.
No momento, alto estoque de
imóveis novos nas capitais faz com a indústria de construção civil fique em
compasso de espera em pelo menos estes dois anos. Felizmente, no Brasil não
existe uma “bolha” imobiliária, devido ao alto déficit habitacional de cerca de
7 milhões de moradias, reconhecido até pelo governo federal. No entanto, haverá
em curto prazo ajustes nesse mercado imobiliário, em razão dos preços
praticados e do perfil da oferta desde 2005, quando foram abertas fortemente
linhas de crédito para o referido segmento produtivo.
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