15/06/2014 - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
No Congresso foi recentemente
aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE), prevendo 10% do PIB em
investimento para a educação, seguindo agora para a sanção da presidente Dilma,
quatorze anos após o PNE do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que
tinha uma estimativa de investimentos de 7% do PIB para a educação. FHC vetou
os 7%, alegando que já se gastava 4,7% no ano 2.000. O governo de Lula ampliou
este percentual, sendo em 2012 de 6,4%. O orçamento do MEC passou daquela época
de R$35 bilhões para R$92 bilhões atuais. O PNE atual possui 20 novas metas,
dentre as quais seria a de todas as crianças alfabetizadas até 8 anos de idade,
bem como a previsão das inversões em educação passou a meta de 10% anuais. Não
se conhece ainda a decisão da presidente quanto a este item. Sabe-se, em termos
comparativos, que o orçamento da Saúde deste ano é de R$107 bilhões e ainda não
chegou a 10%. Está ele por volta de 8% neste ano.
O primeiro ponto importante dos
investimentos educacionais será a compatibilidade dos gastos federais com os
gastos estaduais e municipais, os quais sem nenhuma dúvida terão de ser
suplementados, adequados a uma nova realidade. Portanto, as questões mais
fortes daí decorrentes são aquelas relativas aos desperdícios e a cessão de
professores para exercerem cargos políticos, desfalcando a educação. Ou seja, o
Brasil tem hoje uma carência de 32 mil professores segundo o MEC. Por exemplo,
das unidades federadas, no distrito federal 34,8% dos docentes estão fora da
sala de aula. Segue-lhe, Goiás com 26%. Em resumo, 20% dos professores estão
fora das escolas. O segundo ponto importante é a melhor qualificação dos
docentes. Por exemplo, desses que estão fora, muitos tem vários anos sem
lecionar. Outros perderam a “vontade”, por considerarem ser melhor desempenhar
cargo político. Em terceiro lugar é urgente melhorar a gestão educacional.
Existem exemplos de estímulos ao desempenho, tal como pagamento de prêmios à
produtividade. O quarto ponto é o mais importante: a educação deve ser em tempo
integral. Enfim, a esperança é de que o PNE represente uma melhor estruturação
da educação brasileira.
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