01/06/2014 - PATAMAR DE CRESCIMENTO




O relatório “Conexão Brasil: um caminho para o crescimento inclusivo”, elaborado pela consultoria Mc Kinsey Global Institute, afirma que o Brasil precisa crescer 4,2% ao ano para manter ganhos sociais. Isto por décadas. Após o Plano Real, em 1994, a estabilidade da economia, os ganhos reais de 20 anos do salário mínimo e a adoção de programas sociais fizeram mais da metade da população brasileira ser considerada de classe média. No entanto, diversas forças que deram ensejo a tais ganhos começaram a arrefecer, principalmente baixo nível de crescimento, o crédito abundante e o mercado de trabalho aquecido.

De 1949 a 1979 o Brasil cresceu a taxa média anual superior a 6%, quando existia planejamento econômico de longo prazo. Porém, os dois grandes choques do petróleo (1973 e 1979) fizeram com que a maior parte do crescimento não fosse mais sustentada, via endividamento externo.  Os juros flutuantes se elevaram acima de 20% ao ano e o Brasil teve e recorrer ao FMI, adotando receituário recessivo. De 1979 a 2002 o País cresceu entre 2% a 3%, em média anual, compatível com os cálculos oficiais do produto potencial, calculado há pouco tempo como PIB crescendo a 3% ao ano. Em outras palavras, os limites do seu crescimento são dados pelo baixo investimento, tanto público como privado.

Conforme o citado relatório o País detém o sétimo PIB mundial, mas com fraqueza no crescimento da sua renda. O PIB per capita é o 95º do globo. A maior parte das famílias tem obtido um crescimento moderado de rendas, enquanto ineficiências e excesso de tributação se refletem em preços altos. A inflação brasileira insiste em patamar acima de 6% ao ano, o que não confortável. Em síntese, recomenda que o Brasil devesse aumentar a sua produtividade e de ser uma economia mais aberta, mediante a maior construção de ligações com a economia mundial.

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