22/06/2014 - PÉ NO FREIO
A venda de produtos siderúrgicos
no Brasil caiu 7,3%, posição de maio, em relação a maio do ano passado. No
entanto, considerados 12 meses, a retração foi de 2%. A causa é a desaceleração
da economia brasileira que faz com que as matérias primas básicas caiam em
queda livre. As deficiências do sistema elétrico faz com que as termelétricas
sejam usadas exaustivamente. O diretor geral da ANEEL, Romeu Rufino, revela que
as empresas não estão suportando a compra de eletricidade das térmicas, visto
que os custos não têm sido transferidos para os consumidores. Segundo o IBGE, o
setor de serviços desacelera com retração de vendas do comércio de 0,4% e da
indústria de 0,3%, em abril. A queda da confiança dos consumidores continua na
economia doméstica. O maior comprador de produtos brasileiros, a China, não compra mais
como antes. O segundo parceiro, os Estados Unidos também. O terceiro parceiro,
a Argentina atravessa fase muito difícil, retraindo suas importações e
negociando com seus credores a dívida externa. Por seu turno, o índice de
confiança do consumidor tem caído na zona do euro, o que ainda não assegura uma
recuperação europeia. Na China o crescimento esperado é menor do que 7% anuais
e nos Estados Unidos a recuperação existe, mas os sinais ainda não estão
definitivos de recuperação.
A última ata do Comitê de
Política Monetária do Banco Central, que congelou a taxa de juros (SELIC) em
11% anuais demonstra a preocupação com a inflação, bem como o fracasso em
trazer a inflação para o centro da meta de 4,5%, estando ela hoje em 6,3%. Se
os preços administrados de energia elétrica e de combustíveis ocorrerem neste
ano existe a possibilidade de a inflação ultrapassar os 7% ao ano.
No geral, o governo não muda na
economia em ano de eleições para presidente da República. Assim, o mercado
financeiro já está projetando o PIB deste ano com incremento de somente 1% e,
em 2015, crescimento do PIB inferior a 2%.
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