13/06/2014 - DESEMPREGO EM 5% É MANIPULAÇÃO
Ricardo Amorim, na última página
da revista Isto é, datada do dia 11 passado, mostra a manipulação da taxa de
desemprego pelo governo. Ele pergunta: “Você sabia que de cada 100 brasileiros
em idade de trabalho só 53 trabalham?” O fato é que o IBGE realiza duas
pesquisas, a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) e a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD). A PME indaga quem procura emprego. Detectou no último mês
3%, mais 53% que trabalham se tem o potencial de 56%. Logo, calcula 3% de 56% e
se encontra 5% de desemprego. A PNAD, que a cerca de um ano se tornou PNAD Contínua,
divulgando trimestralmente o indicador de desemprego, encontrou em 3.500
municípios pesquisados 7,1% de desempregados. Isto é, aqueles que afirmaram
estar sem emprego e querendo emprego, considerados a partir de 21 anos.
Ademais, se fossem considerados aqueles de 18 a 65 anos, a taxa de desemprego
seria maior.
O que tem acontecido no Brasil é
que existe hoje um número maior de beneficiários do seguro desemprego, do
Programa PROUNI, que atribui bolsa de estudos integral e parcial, do Programa
FIES, credenciando milhares para financiamento de seus estudos universitários,
do Programa Bolsa Família, do Programa contra o Trabalho Infantil e do maior
esclarecimento da população de que, quanto maior for seu grau de educação,
melhores serão seus rendimentos. Além do mais, a população brasileira está
envelhecendo, reduzindo a proporção dos que trabalham em relação àqueles que
não trabalham.
É verdade que desde o início dos
governos do PT o desemprego caiu de 13% para 5%, segundo a PME. Também é
verdade que o Brasil ingressou no século XXI com grande capacidade ociosa,
fomentando o crédito e se aproveitando da elevação dos preços das commodities,
crescendo de 2003 a 2010, cerca de 4% ao ano. Porém, chegou ao limite de 5%,
perante a economia estagnada, isto é, crescendo menos de 2% anuais, aumentando
a população, provavelmente esta taxa tenderá a voltar a subir, ainda mais pelos
limites da formação educacional da mão de obra brasileira.
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