31/01/2014 - DÍVIDA PÚBLICA




O tema dívida pública é um eterno problema da maioria das nações, visto que é o instrumento mais fácil que tem o governo de emitir títulos e resolver problemas imediatos. Na verdade, no caso brasileiro, desde a independência, o Brasil assumiu a dívida de Portugal, como condição de reconhecimento pela Inglaterra, além de ter feito mais dívida com os ingleses pelas guerras da independência. Por exemplo, outro país de dimensões continentais, Os Estados Unidos, 46 anos antes fez sua independência e não pagou a dívida. A dívida que eles fazem é para enxugar o excesso de emissões de dólares que fizeram pelos conflitos bélicos. Ora, para o Brasil a dívida tem de ser paga com seus encargos. Logo, pressiona o orçamento público. No caso brasileiro, cerca de 40% dele é para honrar débitos mobiliários.

A dívida pública se divide em débitos mobiliários federais internos e em dívida externa. Os governos do PT principalmente na década passada acumularam reservas internacionais de US$375 bilhões, tornando-se superiores à dívida externa. Mas, transformou a maior parte da dívida externa em dívida interna. A dívida pública mobiliária interna atingiu R$2,028 bilhões. Já a dívida externa é de R$210 bilhões. No total a dívida global é de R$2,24 trilhões. De um ano para outro a dívida total cresceu por volta de 6%, enquanto são esperados 2,2% de incremento do PIB em 2013. Supondo que toda a dívida pague taxa SELIC de 10,5%, somente de juros o compromisso anual é de R$235 bilhões.

As notícias de que os Estados Unidos começaram a reduzir suas compras de títulos do seu Tesouro, haja vista que a economia está mantendo bom nível de crescimento, não considerando mais injetar tanto dinheiro, antes de US$85 bilhões mensais, em duas reduções de US$10 bilhões, em janeiro e fevereiro, agora a promessa é de compra de US$65 bilhões. Não havendo mais abundância de dólares, ele ficará mais caro, não permitindo ao Brasil que continue mais crescendo as reservas como vinha, ao tempo em que o déficit das contas externas é de mais de US$80 bilhões, o que deverá pressionar para redução das reservas internacionais. Somente de serviços em geral, compostos de transportes, aluguel de equipamentos, viagens e outros, ocasionaram um déficit na balança de serviços de US$47,5 bilhões. Já o pagamento dos serviços da dívida externa (juros) foi de US$35 bilhões. O saldo da balança comercial foi o menor em mais de 10 anos, de US$2,6 bilhões.

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