01/01/2014 - BOVESPA E DÓLAR
O ano encerrado apresentou a
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), recuando 15,5%, enquanto o dólar
comercial fechou o exercício com desvalorização de 15,37%. Praticamente, os
mesmos números, em sentido contrário. Porém, o IBOVESPA, transformado em dólar,
acumulou queda de 26%. O cenário de 2013
foi repleto de incertezas. Analistas econômicos de plantão não enxergaram
melhores resultados para 2014. A BOVESPA mostrou que o Brasil recua, enquanto o
mundo desenvolvido avança. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York apresentou
um ganho de 26%. O indicador FTSE-300 da
União Europeia se valorizou em 16%. O
mercado de ações brasileiro fechou o ano, pela primeira vez desde 2009, com um
valor de mercado abaixo de US$1 trilhão, segundo levantamento da consultoria
Economática.
Os sinais de recuperação
capitalista contrastaram com a deterioração do tripé que compõe a economia
nacional, devido ao mau desempenho do quadro fiscal brasileiro, elevada pressão
inflacionária e câmbio depreciado, traduzidos em baixo crescimento
econômico.
Ontem a presidente Dilma Rousseff
fez pronunciamento à nação, em cadeia de rádio e televisão, em 12 minutos,
omitindo o principal fato político de 2013, qual sejam as manifestações de rua
de junho, quando ela no dia 24 daquele mês propôs cinco pactos ao País e não
realizou nenhum deles. Em síntese, afirmou que “a guerra psicológica da
oposição pode inibir investimentos”. No entanto, os investimentos
se retraíram bastante, pela falta dela cumprir a sua agenda política, prometida
em sua campanha eleitoral. Aécio Neves, senador e presidente do PSDB, declarou
que a presidente mostrou aqui como “a ilha da fantasia”. Para ele, os números
do Brasil real são outros: “o analfabetismo parou de cair, e das 6.000 creches
prometidas por ela em 2010, apenas 120 haviam sido entregues até outubro”.
Não obstante situação e oposição
se digladiem, os números que a presidente Dilma vem colhendo em três anos de
mandato são decepcionantes e estão vindos cada vez mais piorados.
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