14/01/2014 - CONTABILIDADE CRIATIVA




O ministro Guido Mantega, durante o primeiro governo de Lula, ocupou o ministério do Planejamento, depois foi presidente BNDES, quando estourou o escândalo do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ele veio ocupar o ministério da Fazenda, onde está há oito anos. No segundo governo de Lula os resultados foram bons, mas o cargo mais importante dos dois primeiros mandatos do PT, no poder, foi exercido pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O terceiro mandato do PT, sendo atualmente exercido pela presidente Dilma, dando as cartas na equipe econômica está Guido Mantega. Os resultados econômicos com a presidente não tem sido bons. Mantega então colocou suas manguinhas de fora, mediante o uso de uma contabilidade criativa. Isto é, o prometido superávit fiscal, que vem definhando ano a ano, já foi 3,5% do PIB e hoje está em 1,8% do PIB. O uso dessa forma de contabilidade é de realizar receitas para a União, através do uso das estatais, recebendo dividendos fartos, vendendo parte de reservas do petróleo, em concessões de poços, além de prêmios antecipados pela privatização de estradas, aeroportos e portos. As críticas então partiram de jornais londrinos, tais como Financial Times, The Economist e The Guardian a chamada falta de normalidade contábil do ministro Mantega. Na última revista Exame do ano passado, seu 47º exercício, ele prometeu: “A ordem neste ano e nos próximos é que uma transação deve também parecer correta”. A revista Exame citada assim se referiu: “anunciando de forma um tanto criativa, o fim da contabilidade criativa”.

Mas, não. Desde o início da semana, o assunto econômico mais comentado é o da reportagem da revista Isto é, assim sintetizada: “Relatórios da Controladoria Geral da União e do Banco Central mostram que a Caixa Econômica Federal encerrou irregularmente mais de 525 mil contas de poupança e usou o dinheiro para engordar seu lucro de 2012, mediante receitas de R$719 milhões”. O assunto é a mais pura contabilidade criativa, que o ministro disse que “uma transação deve também parecer correta”. Porém, não é o que parece, visto que a Caixa Econômica Federal está justamente subordinada ao ministério da Fazenda. Resultado: engordando seus lucros, não se sabe com que mais criatividade, a Caixa Econômica pagou ao governo federal R$7 bilhões em dividendos.

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