21/01/2014 - CORREDORES DE ÔNIBUS




O sistema de corredores de ônibus ou BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) tem um custo por quilômetro entre US$5 milhões a US$30 milhões. Já o custo de um quilômetro de metrô varia de US$200 milhões a US$400 milhões. Os números são eloquentes pelas suas relações aritméticas. O modelo possibilita que os ônibus circulem em corredores exclusivos, mediante embarque de passageiros em plataformas, necessitando de dois anos para ser operacionalizado, muito menos tempo para ser entregue do que o de uma linha de metrô, que necessita do dobro.  Os números em referência têm convencido prefeituras em várias partes do globo a adotar o BRT. Em 1972, em Lima, no Peru, foi construído o primeiro corredor. Curitiba fez também o seu primeiro em 1992. O modelo de maior sucesso do BRT é o de Bogotá, na Colômbia, adotado em 2001, que passou a ser admirado pelo mundo. Outro de grande admiração é o BRT de Guangzhou, na China, inaugurado em 2010. O mundo já tem perto de 200 corredores de BRT.

Conforme a ONG americana Embarq até 2018 mais 113 cidades deverão possuir corredores de BRT, numa prova inequívoca de que é mais barato e prático.

Olhando o Brasil, a preferência é por metrô. Mas, está claro que há forte influência das empreiteiras para a sua construção, que ganham muito mais com isso, sem contar que todos eles por aqui construídos tem denúncias de corrupção. O de São Paulo envolve propinas de mais de R$300 bilhões, sendo investigadas. Não há um só que não tenha denúncias. O de Salvador é o que causa mais perplexidade. Doze anos de construção, não funciona ainda, isto é, nenhum carro fez transporte popular, projetado para R$500 bilhões, já consumiu mais do que o dobro.  

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