24/01/2014 - OBRAS NOS AEROPORTOS




Faltam um pouco mais de cem dias para iniciar-se a Copa do Mundo, decorridos cerca de 64 anos depois do primeiro evento da espécie. Por que demorou tanto, já que o Brasil é o único pentacampeão do certame, que se realiza de 4 em 4 anos? Poder-se-ia referir-se à questão política ou à questão de força das nações ricas em recepcionar o maior campeonato do globo. Porém, o que pesou mesmo foi o conceito de o País estar no 120º lugar no ambiente geral dos negócios, do primeiro (o melhor) ao último (o pior), indicador calculado anualmente pelo Banco Mundial, entre pelo menos 184 países ou de estar atualmente em 72º posto em corrupção, conforme recente classificação da ONG Transparência Internacional, que examinou 177 países. Isto se resume no vexame é que é ao realizarem-se obras de grande porte no País, geralmente públicas ou em parcerias. Mesmo o com o Congresso tendo aprovado lei específica para as licitações da Copa, reduzindo, em muito, a burocracia para as construções, dos 12 estádios de futebol há somente sete prontos (quase 60% deles), o que é uma temeridade.

O pior retrato é do levantamento atual da INFRAERO, empresa estatal que comanda os aeroportos, mostrando que mais de 50% das obras das cidades que serão sede da Copa do Mundo não estão prontas. No momento, vive-se plena alta estação de verão e férias, tendo os passageiros que enfrentar um verdadeiro pandemônio, mais do que nas rodoviárias.

Exemplos dos mais atrasados estão no aeroporto de Fortaleza onde o atraso é tamanho que o governo federal irá improvisar, montando um terminal pré-moldado com cobertura de lona. No aeroporto de Salvador a ampliação teve a segunda etapa suspensa para que se concluíssem a primeira fase. Em ambos, o caos se instala comumente. Nos aeroportos de Manaus e de Cuiabá tem goteiras a montão, mostrados hoje nas TVs.

Em suma, o transporte aéreo é o principal meio de transporte, quando se trata de trazer os turistas de outros rincões e do exterior. Por enquanto é torcer para que o saldo seja o mais positivo para a economia brasileira.

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