10 /01/2014 - MICHAEL BLOOMBERG




As informações divulgadas por Elio Gaspari, na Folha de São Paulo de domingo, 05-01-2014, veterano jornalista e respeitado historiador, trazem “O Exemplo de Michael Bloomberg” (título), do qual se transcreve parte do texto: “Depois de governar a cidade de Nova York por 12 anos, o bilionário Michael Bloomberg pegou o metrô e foi para casa. Além de uma grande administração, deixou um exemplo. Durante o tempo em que ocupou a prefeitura, gastou US$650 milhões do próprio bolso. Sabia-se que voava em jatinhos e helicópteros de sua propriedade (alô, Sérgio Cabral). Sabe-se que o seu gosto por aquário no gabinete custou-lhe US$62,400.00. O café da manhã e almoços frugais para a equipe saíram por US$890 mil. Uma viagem ao exterior custou US$500 mil (alô Cid Gomes). Seu salário na prefeitura era de um dólar por ano. Com uma fortuna avaliada em US$31 bilhões, Bloomberg gasta como quer. Já deu um bilhão à universidade onde estudou ... No Brasil, foram muitos os milionários que passaram por governos. Nenhum soltou a bolsa da Viúva. Em muitos casos as fortunas foram acumuladas por inexplicáveis multiplicações ocorridas durante o exercício dos cargos. Exemplo como de Bloomberg, nem pensar”. O comentário dele sobre Sérgio Cabral (só ele?), é porque ele se desloca pelo Rio de Janeiro à custa do erário. O comentário sobre Cid Gomes é sobre suas extravagâncias no governo do Ceará, um Estado reconhecidamente pobre, também à custa da Viúva. Sempre chamada assim de Viúva, por Elio, os cofres públicos.

O aclamado prefeito fundou um império de meios de comunicação, que leva seu nome. Não retirar, mas colocar recursos na prefeitura lhe trouxe o gosto popular de três mandatos, assim como lhe deu tanta publicidade, que lhe fez ficar ainda mais rico. O grande capitalista sabe muito bem que o capital é hemafrodita: quanto mais vitrine, mais dinheiro.

Por aqui não há notícia de tamanha envergadura por causa da cultura colonial prevalecente. O político brasileiro ingressa no mandato e faz dele profissão e uso de suas benesses. Não tem o alcance do grande capitalista. Somente do capitalista dominador, que quer submeter um povo e pouco importa que o seu destino seja a ignorância, calculada em cerca de 60% da população, que, reconhecidamente, pelo MEC, tem dificuldade de compreender uma lauda, imagine-se votar no homem certo para o lugar certo.

 

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