28/01/2014 - INDÚSTRIA RECUA
A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) divulgou pesquisa na qual as indústrias brasileiras revelaram
que irão investir menos neste ano. O número das empresas pesquisadas caiu de
83% em 2013, para 78,1% em 2014, o menor percentual da série histórica iniciada
em 2010. Conforme a CNI, a queda na intenção de investir decorreu de as
empresas considerarem a atual capacidade instalada como suficiente para atender
aos mercados. A respeito do programa das concessões, o diretor Flavio Castelo
Branco declarou que não houve tempo ainda delas amadurecerem, o que
provavelmente levará a elevação do investimento industrial nos próximos anos. O
principal alvo das empresas é o mercado interno 79,6% e somente 3,6% tem o
mercado externo como objetivo. O reduzido percentual das exportadoras denotou
que falta competitividade as nacionais, não obstante no último ano o câmbio se
depreciou por volta de 20% e ainda está bem valorizado.
A indústria pretende financiar
54,9% dos investimentos com recursos próprios. Principalmente no curto e médio
prazo. No geral, tomar emprestado para o longo prazo, segundo Castelo Branco:
“Destravar esse processo de financiamento de longo prazo é um desafio que a economia
brasileira ainda não conseguiu superar”.
Na avaliação de 60,9% dos
empresários o principal risco para os investimentos é a incerteza econômica. Em
sequência vêm 38,5% referindo-se a reavaliação da demanda ou da ociosidade. Em
seguida 29,2% aduzem ao custo de financiamentos.
O quadro brasileiro é preocupante
e não foi senão com outro motivo que, na semana passada, uma comitiva de cerca
de 50 brasileiros, inclusive a presidente Dilma, ela participou pela primeira
vez do Fórum Econômico Mundial, numa tentativa de recuperar a confiança perdida
pelo Brasil perante investidores internacionais. O Brasil passou de 5º para 7º
do destino dos investimentos externos em 2013. Foram 4% menos do que recebido
em 2012. As informações foram dadas pela ONU.
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