16/01/2014 - RESPOSTA IMEDIATA DO BC
Mediante divulgação de resultados
além do previsto para a inflação de 5,7%, chegando a 5,9%, em 2013, a reunião
desta semana do COPOM elevou a taxa básica de juros de 10% para 10,5%, quando o
seu aceno da última reunião seria de somente mais um ajuste de aumentar 0,25%.
Porém, os preços continuaram subindo velozmente neste janeiro. A questão agora
é de se vai parar de elevar a taxa SELIC, em janeiro, conforme previsão, ou se
irá continuar aumentando a SELIC, até que a inflação se comporte e convirja
para o centro da meta. Existe já uma divisão entre os analistas financeiros.
Para alguns, poderá haver elevação da SELIC nos próximos meses. Para outros, a
atual elevação encerrou o ciclo de aumento de 7,25% para 10,5% anuais. Nas
entrelinhas dos comunicados do BC, percebe-se que a instituição não tem sido
capaz de agir com autonomia e firmeza no combate à inflação. Foi assim, quando
deixou a presidente da República influenciar a redução rápida de 5% na SELIC,
em 2012, tendo a economia reagido negativamente, pela sua interferência velada.
Está sendo agora, quando já retornou o aumento em 3,25%, não deixando claro que
se parou ou não com a taxa básica de juros.
Os sinais deste início de ano são
de que continuará o baixo crescimento da economia. As projeções agora para 2014
se situam na faixa de 1,8% a 2,4%. Esta última é do último relatório do Banco
Mundial. A primeira é do último boletim da Fundação Getúlio Vargas. De qualquer
sorte, a previsão brasileira está abaixo da previsão para economia mundial, de
3,2% em 2014 e daquela para os países emergentes, de 5,3%. Até os Estados
Unidos tem projeção melhor, de 2,8% também em 2014.
Os últimos números da economia
brasileira confirmam a estagnação, consumo em alta, logo, preços em disparada,
contas externas em deterioração, indústria derrapando. Na equipe econômica não
há indícios de que se façam as reformas esperadas, bem como se fica ao sabor da
resposta imediata do BC para a inflação. Assim, o investimento não volta com
intensidade e o País completará um ciclo de quatro anos de pífio
desempenho.
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