31/07/2013 - FRAUDES NO FUNDEB
Criado em 2006, o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Funcionários
da Educação (FUNDEB), em substituição ao FUNDEF, composto por recursos federais
para complementar o valor investido pelos Estados, com o objetivo de garantir o
valor mínimo que deve ser empregado exclusivamente por aluno da educação básica
da rede pública. A regra do FUNDEB é clara: 60% das verbas se destinam à
valorização do magistério, sendo 40% para outras despesas, conforme os dados do
último censo escolar. Em 2012, foram destinados R$96,2 bilhões para Estados e
Municípios.
A Controladoria Geral da União
(CGU) descobriu erros e fraudes em fiscalizações realizadas em 180 municípios.
Ou seja, em 73,7% deles houve falta de competitividade, direcionamento e
simulação de processos licitatórios. Em 69,3% das cidades foram detectados
gastos incompatíveis com o objetivo do referido fundo. Em 25% dos municípios
existiam contratos irregulares. Em 32,2% houve movimentação de dinheiro fora da
conta específica. Em 91,9% dos casos o dinheiro era depositado em aplicações
financeiras. Em 16,9% das unidades foram feitos saques na boca do caixa, o que
dificultou a análise das despesas. Em 58,89% dos entes fiscalizados o dinheiro
foi usado fora do objetivo do programa. Em 33% deles os conselhos de
acompanhamento não se fizeram presentes. Em 48,4% não supervisionaram a
realização do censo escolar. Em 49,19% os conselhos visitados não receberam
capacitação.
Assim, os recursos do FUNDEB foram
usados em desconformidade com a lei. Pensava-se que tais recursos deveriam
estar bem administrados. No entanto, mesmo sabendo que são objeto de
investigação pelo TCU a prática antiga de desvios não foi ainda extirpada.
Espera-se que os processos abertos cobrem e recebam dos responsáveis. Se há
ainda tantas fraudes é porque o Brasil ainda não deixou de ser uma nação de
impunidades.
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