21/08/2013 - MUDANÇA DE HÁBITOS


A conjuntura é aquela que representa cotidianamente a mudança de hábitos. No Brasil, que avança para o grupo dos países desenvolvidos, vários paradigmas deverão ser mudados. Por exemplo, jogar lixo na rua, cuspir no chão, urinar em lugar fora do sanitário, trabalhar sem observar a limpeza, segurança, em lugares inóspitos, escravidão, depredar o patrimônio público, burocracia excessiva, corrupção, enfim, regras que devem vir de leis, que devem ser obedecidas, cujo caso contrário deve ter punição (abaixo a impunidade!). Tudo isto, mais as deficiências na infraestrutura fazem os custos dos bens e serviços aqui produzidos serem mais elevados do que naqueles países considerados líderes.
Ontem, começou a funcionar para valer, no Rio de Janeiro, o Programa Lixo Zero. Cento e dez pessoas que jogaram lixo nas ruas foram multadas nas primeiras dez horas de execução do referido programa. Como resultado imediato, as ruas de hoje amanheceram mais limpas, conforme divulgado pela Companhia Municipal de Limpeza Pública. Deverá servir de exemplo para todo o País. No futuro, como acontece nos países desenvolvidos, caberá a cada cidadão manter sua cidade limpa.
Em economia, às vezes, há regressões de melhores hábitos. Na coluna de hoje, na Folha de São Paulo, Alexandre Schwartsman, assim se refere: “Em meados de 2011, o BC percebeu, antes de todos, que o mundo passaria por forte desaceleração, com implicações negativas para atividade doméstica, mas que, no processo, traria a inflação para baixo. Assim, para evitar o ‘erro de 2008’, tratou de mudar a política monetária, promovendo um corte vigoroso da taxa de juros ... reduziu a taxa de juros de 12,50% para 7,25% ao ano entre julho de 2011 e outubro de 2012 ... a inflação, porém, não convergiu à meta. Pelo contrário, mantém um semblante de queda apenas em razão das intervenções governamentais, que irão nos custar ainda mais do que hoje”. Quer dizer, a inflação resiste a deixar o patamar de 6% anuais, com tendências de alta. O que houve foi uma intervenção presidencial velada, para baixar enormemente a taxa de juros, em tão pouco tempo, dizendo o governo que o BC continuava independente, independência esta que se acreditava tinha sido conseguida desde o Plano Real (1994). Assim, o hábito do governo de querer controlar o BC, posição paternalista e nociva ao bom desempenho econômico, gerou desconfianças nos agentes econômicos e a economia brasileira não reage à estagnação, sendo o seu desempenho pífio.

 

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