02/08/-2013 - BALANÇA DE COMÉRCIO


O Ministério do Desenvolvimento divulgou ontem que a balança comercial brasileira registrou o maior déficit semestral da história, de US$5 bilhões. Referido número supera o resultado de janeiro a julho de 1995, que fora deficitário em US$4,2 bilhões. Naquela época, o mundo mergulhou em sérios problemas com a moratória do México, a crise da Rússia e dos Tigres Asiáticos. Até 2012 o Brasil vinha obtendo superávit na balança comercial. No entanto, mediante baixas significativas nos preços das matérias primas que o Brasil mais tem exportado, sucateamento de parte da indústria, em face de câmbio brasileiro muito valorizado, bem como o custo Brasil em logística, transportes, energia, enfim, em infraestrutura, encarece demais a produção nacional, a situação dos últimos anos do balanço de pagamentos vem se deteriorando.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou que o déficit comercial é explicado pela conta petróleo. Isto é, a Petrobras não está conseguindo acompanhar a demanda e aumentou sensivelmente as importações. Assim se referiu: “Daqui a pouco voltaremos a exportar mais petróleo. Tirando petróleo e derivados o resultado é normal”. Ora, como ‘tirar’ isto? É mais uma vez que ele vem minimizar os problemas econômicos. Por outro lado, a Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, declarou que ainda aposta em saldo comercial positivo neste exercício.

A explicação mais correta é a de que o câmbio já se valorizou por volta de 13% neste ano, encarecendo as importações. Essa reversão de expectativas trouxe vantagens para os exportadores. Assim, ontem o dólar rompeu a barreira de R$2,30, sendo negociado no mercado de turismo até R$2,40. Segundo operadores o movimento do dólar no Brasil esteve em sintonia com o cenário registrado no exterior, onde a moeda americana também avançou em relação ao euro, o iene e as moedas de países dependentes de exportações de matérias primas.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS