13/08/2013 - PROPOSTAS NÃO SÃO PLANOS




Em dois anos e meio de governo a presidente Dilma realizou 41cerimônias, lançando 17 Planos, 15 Programas e 6 Pactos. Na verdade, foram somente propostas lançadas com letras maiúsculas, porém resultados minúsculos. Não existem consistências nem dentro de cada um como entre eles. O Brasil precisa de um plano global e de reformas econômicas efetivas. Ou seja, colocar-se no papel e fazer avaliações dos acertos e erros. Ainda mais, constou do orçamento anual deveria concretizar-se. A presidente anunciou, do início ao fim do seu mandato investimentos de R$1,1 trilhão, dos quais R$151 bilhões viriam da iniciativa privada.

A oposição à atual gestão pode ser encontrada no papel crítico que tenazmente tem feito a ONG Contas Abertas, através do seu representante, Gil Castelo Branco, que está sempre disposto a mostrar a diferença entre o discurso e a prática. Do orçamento de 2011, apenas 55% foram gastos em investimentos projetados. Do orçamento de 2012, apenas 31%. Neste exercício, mais da metade já transcorrido, nem 5% das inversões programadas foram gastas, conforme consta de levantamento feito pela assessoria do DEM no Senado, conforme estampou a revista Época, de 15-07-2013. Cita ainda a revista que a ONG Contas Abertas possui estudo que afirma que R$160 bilhões deixaram de ser investidos pelos governos do PT, em mais de 10 anos. Para áreas ditas críticas, objetos dos protestos de ruas, somente 52% dos recursos previstos foram gastos em saúde, educação, segurança e transporte. Continua a referida ONG, mostrando que a área mais afetada foi a dos transportes, tendo sido gastos R$53 bilhões do total projetado de R$133 bilhões. Em seguida, vem a saúde, quando R$34 bilhões deixaram de serem aplicados, volume que daria para construir 15 mil prontos socorros em municípios que possuem entre 200 mil a 300 mil habitantes. No ano passado, investiu-se 10% do que prometeram para a construção de prontos socorros. A proposta de construir 6.000 creches somente alcança 1.000 delas. O PPS ainda tem reiterado que a presidente Dilma tem mantida baixa a média de inversões advindas do governo de Lula. Consideradas as taxas dos últimos três anos, com certeza, a média de Dilma é menor do que a de Lula. Hoje a taxa de investimento está em torno de 18% do PIB, quando, para obter-se taxas planejadas de mais de 4%, conforme tem reiterado o ministro da Fazenda, a taxa de inversões teria de ser de 25% do PIB. Quer dizer, é patente quer o governo corta investimentos, quando deveria cortar mesmo eram seus gastos correntes de 39 ministérios.

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