11/08/2013 - INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA
Muito embora a compreensão de
logística seja a de lógica dos transportes, o correto é pensar logística como
lógica com transportes. Vinculada ao Ministério dos Transportes, a Empresa de
Planejamento e Logística S.A. elaborou o programa de logística, que o governo
federal pretende adotar ainda neste ano, sendo uma série de ações para
desenvolver os modais de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo,
hidroviário, marítimo, levando em conta as cadeias produtivas, principalmente
do agronegócio. Quer se queira, quer não, o Brasil tem um PIB composto
fortemente do agronegócio. Já chegou a 100%, na etapa colonial. Afinal, somente
existia o setor primário. Com o desenvolvimento da humanidade, surgiu o setor
industrial, quando o progresso passou a ser imenso. No entanto, o apoio ao
setor primário e ao setor industrial, obviamente, é do setor terciário.
Paulatinamente, o setor terciário veio crescendo a tornar-se hegemônico na
composição do PIB e ainda há espaço a crescer. Voltando ao Brasil, hoje o setor
primário representa fortemente 30% do PIB, sendo 20% do agronegócio, 10% da produção
familiar, bem como a indústria está por volta de 16% e o setor de serviços em
54%. Este ainda é muito inferior ao dos países desenvolvidos, por volta de 60%
a 70%. Dessa forma, o segmento de logística é puramente serviços e deve muito
ser incrementado neste País.
Em coluna jornalística nacional,
de ontem, a senadora Kátia Abreu, também presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil, intitulada “O governo acordou”, mostra o
absurdo que acontece com o principal produto agrícola brasileiro de exportação:
“O custo para transportar soja do município de Sorriso (MT) até a China, por
meio do porto de Santos, é de aproximadamente US$190-tonelada, quase três vezes
mais do que seria gasto para levar o produto ao mesmo destino, partindo de
Illinois (EUA)... “Enquanto no Brasil 82% da produção trafega por rodovias, nos
EUA apenas um quarto é transportado em caminhões. A maior parte (40%) segue
pelas hidrovias, número que se reduz a 2% no nosso caso. As ferrovias
norte-americanas são responsáveis pelo transporte de 35% da soja naquele país,
ao passo que apenas 16% do grão produzido aqui embarca em vagões para chegar
aos portos. Mas o caso da soja é apenas um exemplo dos prejuízos impostos a
nossa economia pela precariedade de infraestrutura de transporte. Esta é, sem
dúvida, uma das principais causas que restringem a competitividade e o
crescimento econômico do Brasil”.
Como em quase tudo neste País,
sabe-se, mas faltam investimentos, quer dizer, planejamento econômico de longo
prazo, para que se viabilizem, pelo menos, as diferentes formas de produção. O
pelo menos, em tela, é que porque devem ser associados a educação, tecnologia,
inovação e melhoria no ambiente geral dos negócios.
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