16/08/2013 - RECUPERAÇÃO DO CICLO
Após a Grande Depressão de 1929,
existiram altas e baixas na curva dos ciclos econômicos mundiais. A curva histórica apresenta pontos de
crescimento, pontos de pico, pontos de descida ou de recessão, pontos de recuperação,
pontos de crescimento, e assim, sucessivamente, por séculos. O importante a ver
é que há uma trajetória de progresso, desde o início da humanidade. Isto é, uma
linha no meio da grande curva com caminho ascendente. O maior e o mais longo
revés do ciclo longo, desde a Grande Depressão se iniciaram em 2008, indo agora
para o sexto ano, tornando-se a maior recessão desde 1929, com três mergulhos,
após ligeira melhora, antes de cada, mas agora está aparentando ter início a
recuperação (e não um quarto mergulho), para nova fase de crescimento longo,
devido aos sinais de elevação considerável do PIB nos Estados Unidos e das boas
novas que advém da também recuperação das economias europeias. Neste último
caso, trata-se de 17 países da zona do euro e mais 10 países independentes, também
ditos desenvolvidos. A problemática, a partir de 2008, instalou-se fortemente
nos países avançados, tendo resistido bravamente os países emergentes, tais
como Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, dentre outros, ficando na
contramão os países pobres da Ásia e da África. Isto é, a pobreza lá é latente,
com muitos países que ainda não ultrapassaram a faixa de renda per capita de
US$3 mil.
O Brasil teve bom desempenho no
início do século, mas, em 2009, ingressou rapidamente em recessão. Foi o último
país a entrar na crise e o primeiro a sair. A sua retração do PIB foi de 0,3%.
Recuperou-se fortemente em 2010, crescimento de 7,5%. Encerrou a década com
taxa próxima a 4% anuais. Porém, nesta segunda década deste século, não tem
sido capaz ainda de deixar a área de estagnação. Entretanto, há sinais atualmente
de que também o Brasil ingressou em recuperação neste segundo semestre. O
governo federal conseguiu sancionar a Lei dos Portos e anunciou o Programa de
Investimentos em Logística, contemplando cerca de inversões por volta de R$150
bilhões. A desvalorização do real, a caminho de 20% da sua referência com o
dólar, em seis meses, tem levado a recuperação de alguns segmentos industriais.
É claro, a confiança dos empresários ainda não reagiu para deixar a área econômica
estagnada. Portanto, é esperada taxa de incremento do PIB pífia, de 2% neste
exercício. A tendência em geral é considerar que no próximo ano a economia
mundial esteja recuperada e em bom nível de crescimento global.
Comentários
Postar um comentário