07-08-2013 - DESPERDÍCIOS ONTEM E HOJE


Nos anos de 1970 o Brasil ingressou na década do seu maior crescimento econômico da história. A insuficiente poupança interna foi suplementada pela poupança externa, boa e barata em juros, em termos de dólares sobrantes dos fins das guerras da Coréia e do Vietnam. Os militares no poder realizaram uma rodovia que iria integrar a região Norte, de Leste a Oeste, a chamada Transamazônica. Rios de dinheiro foram gastos, dinheiro do orçamento público e dinheiro externo, em uma obra que nunca chegou a existir, devido às condições inóspitas da Amazônia, que persistem até hoje. O pior de tudo, por muitos anos a dívida pública para tal constituída teve que ser paga, ônus que prejudicou o crescimento futuro do País. A outra obra gigante da época foi a Ferrovia do Aço, visando integrar a região mineira para a exportação mineral. Também ficou perdida no tempo. O ônus foi imenso e o prejuízo semelhante da Transamazônica. Anos de 1970.
Nos anos de 1980, um monumento ao desperdício do dinheiro público aconteceu em Poços de Caldas, Minas Gerais. O projeto foi de um monotrilho, iniciado em 1981, linha que deveria ter 30 quilômetros de extensão, mas completou apenas 8. A concessionária da obra jamais concluiu o trabalho, por divergências profundas com a prefeitura. Há dez anos, por falta de manutenção, uma parte da estrutura desabou e enterrou de vez o sonho de que o monotrilho funcione como projetado. Praticamente, não fez nem viagens.
Nos anos de 1990, depois de 13 anos, já tendo consumido mais do dobro do orçamento, a construção do metrô de Salvador é um a obra que já passou por três prefeitos, sendo agora negociada para que o governo do Estado termine a obra. 
As ocorrências acima são algumas amostras de que o dinheiro público é desperdiçado e não é apurado corretamente. Mais casos de impunidade.

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