09/08/2013 - FORÇA DA PESQUISA
A Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) mais uma vez contratou o Instituto Brasileiro de Opinião Pública, IBOPE
Inteligência, para fazer pesquisa com milhares de cidadãos sobre a primeira
reforma grandiosa que se deseja no País, no caso a política. A força das ruas
se impele ante o Congresso Nacional, para realizar a votação de projeto de lei
de caráter popular, cuja coleta de assinaturas já está sendo feita, para que a
votação ocorra agora em agosto ou setembro, respeitando o princípio de
anualidade da lei. Ou seja, que as regras eleitorais se façam valer na próxima
eleição presidencial e geral de 2014. O que a presidente Dilma quer é um
plebiscito neste ano, o que faria com que as novas regras somente valessem em
2018. Nessa mesma direção está o Congresso, querendo fazê-la somente em 2014,
realizando em 2013 alguns arremedos de alterações das próximas eleições. O
projeto popular é desejado por 92% dos entrevistados, semelhante aquele projeto
que foi aprovado para a Lei da Ficha Limpa. É cristalina a intenção dos
entrevistados, revelada por 85% deles, demonstrando o desejo já, de que se faça
uma reforma política consistente, visto que não é o regime em vigor o da sua
apreciação, marcado pela corrupção em seus diversos aspectos.
As recentes reuniões do Movimento
de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) debateram a citada pesquisa, na qual
foram abordados os principais pontos. Cerca de 80% dos entrevistados disseram
ser contra as doações das empreiteiras, empresários e interessados em burlar as
leis, com veladas propinas ou desvios de recursos das obras públicas. Estimam
também 90% que haja punição rigorosa para o desgastado esquema do caixa dois,
forma de corrupção aberta, admitida pelos mensaleiros que foram julgados pelo
Superior Tribunal Federal, mas que é prática corrente eleitoral. O escândalo
maior de tal esquema se dá no segundo turno, quando o candidato recebe elevados
valores para defender interesses empresariais contrários ao Erário.
Na semana passada ficaram
expostos, pela Delegacia da Receita Federal, que grandes devedores dela fizeram
doações fortes, para as últimas campanhas eleitorais, inclusive para aquela
endereçada à eleição da presidente Dilma.
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